CNJ abre
investigação preliminar contra Favreto, Moro e Gebran Neto
O corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha,
decidiu hoje (10) abrir os 10 pedidos preliminares de investigação
que chegaram ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra os desembargadores
Rogério Favreto, João Pedro Gebran Neto e o juiz federal Sérgio Moro.
As reclamações disciplinares foram protocoladas ontem (9) após as
decisões conflitantes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no último fim
de semana, sobre a concessão de liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Segundo o CNJ, as oito reclamações que chegaram contra Favreto e duas
contra Moro serão apensadas a uma investigação mais ampla sobre o caso. O
trabalho de apuração terá início imediato, segundo o Conselho. Da análise
dos processos, pode ser aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)
contra os magistrados, que, por sua vez, pode culminar em punição, desde
advertência até aposentadoria compulsória.
Entenda
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde
o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a
execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão
foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos
recursos na segunda instância da Justiça.
No domingo (8), o desembargador Rogerio Favreto atendeu a um
pedido de liberdade feito por deputados do PT em favor de Lula. Em seguida, o
juiz Sergio Moro e o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
Gebran Neto, ambos relatores dos processos da Operação Lava Jato, derrubaram a
decisão de Favreto por entenderam que o magistrado não tinha competência para
decidir a questão. No mesmo dia, o entendimento foi confirmado pelo presidente
do TRF, Thompson Flores.
De Brasília, André Richter -
Repórter da Agência Brasil, em 10/07/2018, às 16h58



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