Mourão já recua de decisão de mudar
diretoria da Vale

O
presidente interino, general Hamilton Mourão, já recuou da decisão de usar a
influência do governo sobre o Conselho de Administração da Vale para afastar
imediatamente a diretoria da empresa. Depois de dizer no final da manhã desta
segunda que o gabinete de crise criado pelo Palácio do Planalto estudava a
possibilidade de afastamento da diretoria da Vale, Mourão voltou atrás e, à
noite, afirmou que o assunto é da alçada do conselho da empresa, lavando as
mãos.
A informação é do jornal Valor
Econômico. "A ideia seria fazer por meio do conselho, mas o
presidente [Jair Bolsonaro] está fora, ele tem que decidir isso", disse
Mourão, ao recuar da intenção original. Como o governo detém uma ação
"golden share" da empresa - que confere direitos a vetos - poderia
convocar a reunião do conselho para discutir o tema, mas Mourão ponderou que é
preciso esperar o retorno de Bolsonaro. Questionado pelos jornalistas se o
governo vai usar a "golden share" para tratar do ocorrido em
Brumadinho, Mourão desconversou, dizendo que precisa estudar o assunto.
A ideia matinal do governo
federal, conforme noticiou o Brasil 247 era
forçar uma reunião extraordinária do Conselho de Administração da Vale, com
intuito de promover a troca dos atuais diretores, incluindo o presidente Fábio
Schvartsman, que foi indicado para o cargo por Aécio Neves, durante a administração
de Michel Temer. O governo apostava em no votos dos representantes aliados, em
maioria no conselho, para convencer o restante dos representantes de acionistas
da companhia a aprovarem a destituição dos diretores.
Entre a manhã e a noite, os planos
mudaram.
De Brasília (DF). Brasil 247, em 29/01/2019, às
09h05
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