sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Rompimento da Barragem em Brumadinho

Com medo, ex-funcionário de barragem em Brumadinho pediu demissão
 
Funcionário entre 2013 e 2016, Silas Fialho relatou temor por rompimento da barragem
do Córrego do Feijão (Foto: PR/Fotos Públicas)
Construída nos anos 1970, a barragem da Vale do Córrego Feijão, em Brumadinho (MG), já era motivo de apreensão entre os moradores da cidade muito antes da tragédia que ocorreu na última sexta-feira (25).  O assistente administrativo Silas Fialho, de 34 anos, que trabalhou como balanceiro na mina do Córrego do Feijão entre 2013 e 2016. À “Exame”, ele contou que sentia medo de trabalhar no local e saiu por não confiar na estrutura, construída usando uma tecnologia que hoje é considerada mais propensa a acidentes.
“Eu sentia medo todos os dias, da hora que chegava à hora que ia para casa. Pedi para me demitirem por esse motivo, muita gente sabia do risco. Deu tempo de ficar vivo”, diz Fialho, que mora em Brumadinho e perdeu um primo na tragédia.
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Em uma reunião extraordinária da Câmara de Atividades Minerárias, da Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais, em dezembro do ano passado, foi citado o risco de a barragem desabar. No mesmo encontro, o órgão aprovou a ampliação das atividades do complexo – que inclui a mina do Córrego do Feijão –, de forma acelerada.
Júlio Cesar Dutra Grillo, representante do Ibama, se absteve na votação, mas, em seu voto, afirmou que as barragens da região “não têm risco zero”: “Muita gente aqui citou o problema de Mariana, de Fundão, e vocês têm um problema similar. E ali é o seguinte, essas barragens não oferecem risco zero. Em uma negligência qualquer de quem está à frente de um sistema de gestão de risco, aquilo rompe”
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Entenda a tragédia
Uma barragem de rejeitos de mineração da mineradora Vale rompeu na última sexta-feira (25) em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. O rompimento foi na região do Córrego do Feijão.
Após o rompimento, enxurradas de resíduos de mineração e água atingiram casas, estruturas da empresa, incluindo um refeitório, e veículos, cobrindo os em questão de segundos. Entre as vítimas, estão moradores da região, funcionários da Vale e hóspedes de uma pousada localizada na área.
Até agora, foram contabilizados 99 mortos, 57 deles identificados. Ainda há 259 pessoas desaparecidas. A Vale prometeu eliminar barragens iguais à de Mariana e Brumadinho. A empresa se comprometeu ainda a doar R$ 100 mil às famílias das vítimas.
Nesta terça-feira (29), cinco pessoas foram presas suspeitas de responsabilidade na tragédia – três funcionários da Vale e dois engenheiros da TÜV SÜD, que prestavam serviço para a mineradora.
 Por Yahoo Notícias, com informações da Revista Exame, em 01/02/2019
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