Resposta de
Moro a caso de Flávio Bolsonaro põe em xeque discurso de combate à corrupção
Ministro da Justiça, Sérgio Moro (Foto: Divulgação/HuffPost Brasil)
Nesta segunda-feira (4), o ministro da Justiça e da Segurança
Pública Sérgio Moro apresenta um
projeto de Lei Anticrime em reunião com governadores e secretários
de segurança pública dos estados em Brasília.
Um dos pilares do projeto é o combate à corrupção, tema que Moro, até
então juiz da Lava Jato em Curitiba, elencou como prioridade desde que aceitou
o convite de Jair Bolsonaro (PSL).
No entanto, a forma como o ministro tem lidado com o escândalo
envolvendo o filho mais velho do presidente, o senador recém-empossado Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ), pode colocar a perder os esforços pra demonstrar
comprometimento com a pauta.
Questionado sobre o caso envolvendo Flávio e Fabrício Queiroz,
ex-assessor do político na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), Moro já disse
que “o governo nunca vai interferir no trabalho dos investigadores” e que não
cabia a ele “comentar isso”.
Ao silenciar sobre isso, ele [Moro] não ajuda a criar no País um
alto padrão de transparência, de prestação de contas, disse Manoel Galdino,
diretor-executivo da Transparência Brasil
Relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras),
hoje subordinado ao Ministério da Justiça, identificaram transações suspeitas
nas contas bancárias de Flávio e Queiroz. Na última sexta-feira (1º), o pedido
de Flávio por foro privilegiado foi negado pelo STF e as investigações devem
ser retomadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
Para Manoel Galdino,
diretor-executivo da Transparência Brasil, entidade que monitora ações do poder
público, o silêncio de Moro incomoda.
“Ao silenciar sobre isso, ele não ajuda a criar no País um alto padrão
de transparência, de prestação de contas. Se existe uma investigação, o que o
investigado deve fazer? Prestar esclarecimentos ao Ministério Público ou evitar
explicações?”, questiona Galdino.
″É normal falar só com a imprensa, em entrevistas à mídia, e não dar
mais explicações?...
Por HuffPost Brasil, com Yahoo Notícias, às
07h40
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