Intercept:
Lava Jato tratava Dodge como inimiga. “O barraco tem nome e sobrenome. Raquel
Dodge”

Novas
revelações do site Intercept Brasil, em parceria com o
jornal El País, apontam que
membros da Operação Lava Jato tratavam a procuradora Raquel Dodge como inimiga.
“Caros. O barraco tem nome e
sobrenome. Raquel dodge”, afirmou o procurador Januário Paludo a seus colegas
em um chat do Telegram em 11 de março deste ano.
Segundo a reportagem, "as
conversas dos procuradores, enviadas ao The Intercept por uma
fonte anônima e analisadas em conjunto com EL PAÍS, apontam que Dodge, o posto
mais alto do Ministério Público, era vista como uma espécie de inimiga interna
pela própria operação".
"E que os procuradores
chegaram a discutir a possibilidade de repassar informações secretamente a
jornalistas para pressioná-la a liberar ao STF delações, entre elas, a de Léo
Pinheiro, da construtora OAS, uma testemunha-chave de casos que incriminam o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
De acordo com a matéria, "a
relação estreita que, de acordo com os procuradores, existe entre Gilmar Mendes
e Raquel Dodge é o cimento que constrói o muro de desconfiança e desdém que
separa Curitiba da procuradora-geral da República. É um sentimento que vem
desde o começo da gestão dela, em setembro de 2017".
"Em 20 de junho daquele ano,
dias antes de Dodge ser apontada para o cargo pelo então presidente Michel
Temer, Dallagnol diz aos colegas: 'Bastidores: - Raquel Dodge se aproximou de
Gilmar Mendes e é a candidata dele a PGR', escreve o procurador. Em outra conversa,
já em 2018, o coordenador da Lava Jato afirma que Dodge só não confronta Mendes
porque 'sonha' com uma cadeira no Supremo assim que seu mandato na PGR
terminar", diz o texto.
De Brasília (DF) por Brasil 247,
publicado em 09/08/2019, às 14h10
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