STF suspende
transferência forçada de Lula, que colocava a sua vida em risco
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli,
afirmou a dezenas de deputados e senadores que o STF deve decidir ainda nesta
quarta-feira, 7, sobre a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva da Polícia Federal em Curitiba para São Paulo.
"À Justiça cabe decidir de acordo com a Constituição e as leis.
Acabou de dar entrada um pedido aqui que será analisado da maneira mais rápida
e urgente possível, e penso que ainda hoje haverá alguma decisão. O sentido
dessa decisão não sei qual será, mas com certeza deve haver uma decisão ainda
hoje. Era o que eu queria dizer às senhoras e os senhores", afirmou
Toffoli aos parlamentares.
Toffoli se reuniu com mais de 70 parlamentares de 12 partidos
diferentes, que foram ao STF contestar a decisão da juíza Carolina Lebbos de
transferir Lula da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para São
Paulo, a pedido da Polícia Federal, que é subordinada ao ex-juiz Sérgio Moro. A
defesa do ex-presidente Lula entrou com pedido de liminar para suspender a
decisão da juíza.
Em entrevista após a audiência, o deputado Fábio Trad (PSD-MS) disse que
a audiência com o presidente do STF foi em defesa do estado democrático de
direito. "Ou nós damos um basta à escalada do viés autoritário, inclusive
ameaçando a imprensa, ou nós vamos sucumbir", afirmou. "Foi um
momento único porque uniu todos aqueles que defendem o estado democrático de
direito", disse Trad.
"Nós não temos na história recente do País uma manifestação tão
clara de diferentes partidos políticos em defesa do estado democrático de
direito. A solicitação da Polícia Federal ocorreu há um ano, o Ministério
Público se manifestou contra. Não há nenhum fato novo que justifique a decisão
da juíza", observou o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta.
De Brasília (DF), por Brasil 247, publicado em 07/08/2019, às 17h02
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