Mais Vaza
Jato: Deltan usou Randolfe e partido de Marina para atacar Gilmar

O novo
capítulo da Vaza Jato, agora em parceria entre o
Uol e o Intercept, revela que o
procurador Deltan Dallagnol usou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o
partido de Marina Silva para atacar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal.
"O
procurador Deltan Dallagnol usou a Rede Sustentabilidade como uma espécie de
laranja para extrapolar suas atribuições e propor uma ação no STF contra o
ministro Gilmar Mendes", aponta a reportagem. "A articulação, que
envolveu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), resultou na apresentação de
uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) no Supremo para
impedir que Gilmar soltasse presos em processos que ele não fosse o juiz da
causa."
"A negociação foi relatada por
Dallagnol a outros integrantes da força-tarefa a partir de 9 de outubro de 2018
--dois dias depois, a Rede de fato protocolou a ADPF. A manobra tinha como
objetivo driblar as limitações de seu cargo: Deltan e seus colegas de Lava Jato
são procuradores da República, primeiro estágio da carreira do MPF (Ministério
Público Federal) e só podem atuar em causas na primeira instância da Justiça
Federal", apontam os jornalistas Igor Mello, Gabriel Saboia, Silvia
Ribeiro e Paula Bianchi.
"Randolfe: super topou",
disse Dallagnol em chat
Desde setembro de 2018, os
procuradores se queixavam de uma decisão tomada por Gilmar Mendes, relacionada
ao tucano Beto Richa. O assunto voltou a ser abordado por Dallagnol em 9 de
outubro. "Resumo reunião de hoje: Gilmar provavelmente vai expandir decisões
da Integração pra Piloto. Melhor solução alcançada: ADPF da Rede para preservar
juiz natural", escreveu no grupo Filhos do Januário 3 no aplicativo
Telegram, composto por membros da força-tarefa, às 14h13. Duas horas depois,
Dallagnol volta à carga. "Randolfe: super topou. Ia passar pra Daniel,
assessor jurídico, já ir minutando. Falará hoje com 2 porta-vozes da Rede para
encaminhamento, que não depende só dele", escreveu no mesmo grupo dos
procuradores no Telegram às 16h47.
Randolfe Rodrigues e a Rede Sustentabilidade,
em nota conjunta, negaram que o partido tenha sido usado para propor no STF uma
ADPF elaborada pelos procuradores da Lava Jato. Afirmam que: "No caso em
apreço, a ação citada foi ajuizada após o Ministro Gilmar Mendes ter concedido
habeas corpus de ofício a Beto Richa e outros 'ilustres' investigados, burlando
as regras de sorteio de relatoria do STF e se convertendo numa espécie de
'Liberador-Geral da República'. Repudiamos essa decisão, que causou enorme
embaraço ao Tribunal, por convicção de que ela reflete uma postura de leniência
com corruptos poderosos e não um compromisso autêntico com o devido processo
legal: o ajuizamento da ADPF nº 545 se deu exclusivamente por este
motivo".
De Brasília (DF), por Brasil 247, com Uol e
Intercept, em 07/08/2019, às 09h10
uma campanha educatica do:
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