Dallagnol
articulou movimentos de rua contra o STF um dia após a morte de Teori Zavascki

"O procurador Deltan Dallagnol usou dois grupos políticos surgidos
após a operação Lava Jato como porta-vozes de causas políticas pessoais dele e
da operação, revelam mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram e que fazem
parte do arquivo da Vaza Jato. Nelas, Dallagnol pauta atos públicos,
publicações em redes sociais e manifestações dos movimentos de forma oculta,
tomando cuidados para não ser vinculado publicamente a eles", aponta a
nova reportagem do Intercept, assinada por Rafael Neves e Rafael
Moro Martins.
"Os chats mostram que Dallagnol começou a se movimentar para
influenciar a escolha do novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal
apenas um dia após a morte do ministro Teori Zavascki, antigo responsável pelos
processos da operação no STF", aponta o texto da Dupla.
Os grupos usados por Dallagnol para mobilizar "manifestoches"
foram o Vem pra Rua, ligado a bilionários, como Jorge Paulo Lemann, dono da
Ambev, e o Mude - Chega de Corrupção. "Passada a derrota na votação das
dez medidas na Câmara, Dallagnol passou a usar o Mude — e também o Vem Pra Rua
— para outras tarefas – entre elas influenciar a escolha do relator da Lava
Jato no Supremo após a morte de Zavascki", aponta a reportagem.
De Brasília (DF), por Brasil
247, publicado em 12/08/2019, às 12h13
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