Profissões
ligadas à tecnologia serão mais promissoras, mostra Senai
(Foto: José Paulo Lacerda/divulgação/CNI)
Levantamento feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai) mostra que as profissões ligadas à tecnologia estarão entre as mais
promissoras, pelo menos nos próximos cinco anos. No período, ocupações que têm
a tecnologia como base não só motivarão a abertura de novos postos de trabalho
como exigirão a requalificação de parte da mão de obra hoje disponível.
Realizado para subsidiar a oferta de cursos da instituição, o Mapa do
Trabalho Industrial indica que, até 2023, o Brasil terá de qualificar 10,5
milhões de trabalhadores em ocupações industriais para fazer frente às mudanças
tecnológicas e à automação dos processos de produção.
Segundo o Senai, a demanda por profissionais qualificados dos níveis
superior e técnico deverá criar vagas de trabalho para trabalhadores
qualificados a exercer funções pouco lembradas há algum tempo.É o caso de ocupações como condutores de processos robotizados, cujo
número de vagas a entidade calcula que aumentará 22% - contra um crescimento
médio projetado para outras ocupações industriais da ordem de 8,5% no mesmo
período.
Além dos condutores de processos robotizados, as maiores taxas de
crescimento do nível de ocupação deverão ocorrer entre pesquisadores de
engenharia e tecnologia (aumento de 17,9%); engenheiros de controle e
automação, engenheiros mecatrônicos e afins (14,2%); diretores de serviços de
informática (13,8%) e operadores de máquinas de usinagem CNC (13,6%).
Divulgado hoje (12), o Mapa do Trabalho 2019-2023 mostra que, entre as
áreas que mais vão demandar formação profissional estão a metalmecânica (1,6
milhão vagas), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão),
alimentícia (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil),
energia e telecomunicações (359 mil).
O topo do ranking por área, no entanto, deverá ser
liderado pelas chamadas ocupações transversais, compreendidas como aquelas
cujos profissionais estão aptos a trabalhar em qualquer segmento, como
pesquisadores e desenvolvimento, técnicos de controle da produção e desenhistas
industriais.Neste segmento, o Senai estima a criação de 1,7 milhão de vagas nos
próximos cinco anos.
Técnicos de controle de produção; de planejamento e
controle de produção; em eletrônica; eletricidade e eletrotécnica e em operação
e monitoração de computadores estão entre as 20 ocupações transversais que mais
exigirão formação entre 2019 e 2023.
A demanda por qualificação prevista inclui o aperfeiçoamento de
trabalhadores que já estão empregados e, em parcela menor (22%), aqueles que
precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho. Essa formação
inicial inclui a reposição em vagas já existentes e que se tornam disponíveis
devido à aposentadoria, entre outras razões.
O Mapa ainda indica que os profissionais com formação técnica terão mais
oportunidades na área de logística e transporte, que exigirá a capacitação de
495.161 trabalhadores. A metalmecânica precisará qualificar 217.703 pessoas. De
acordo com especialistas responsáveis pela elaboração do estudo, a área de
logística destaca-se, entre outros fatores, pela necessidade de aumentar a
produtividade por meio da melhoria dos processos logísticos.
O Mapa do Trabalho Industrial é elaborado a partir de cenários sobre o
comportamento da economia brasileira e dos seus setores, projetando o impacto
sobre o mercado de trabalho e estimando a demanda por formação profissional com
base industrial (formação inicial e continuada), e serve como parâmetro para o
planejamento da oferta de cursos do Senai.
De Brasília, por Alex
Rodrigues, repórter da Agência Brasil, publicado em 12/08/2019, às 06h41
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