Em 2º dia de protestos, médicos suspendem atividades pelo País
Categoria faz manifestações em ao menos 13 estados
nesta quarta-feira.Greve é para marcar posição contra a contratação de estrangeiros.
Médicos de, pelo menos, 13 estados
realizam protestos nesta quarta-feira (31). Na
terça-feira (30), a suspensão dos atendimentos nas redes pública e privada
atingiu 12 estados e o Distrito Federal.
A greve é para marcar posição da
categoria contra decisões do governo federal, como a contratação de
profissionais estrangeiros pelo programa Mais Médicos e os vetos à legislação
do Ato Médico, que estabelece as atribuições dos profissionais de
medicina. Em nota, o governo disse que "lamenta" eventuais
prejuízos causados à população.
Apesar da greve, a Federação Nacional
dos Médicos (Fenam), que representa 53 sindicatos, orientou para que casos de
urgência e emergência sejam atendidos. Os clientes de planos de saúde também
serão afetados. É segunda vez, em um intervalo de uma semana, que a categoria
cruza os braços em protesto contra decisões do governo federal.
Eis os estados em que os médicos
paralizaram atividades, nesta quarta-feira: São Paulo, Santa Catarina, Espírito
Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Ceará, Goiás, Rio Grande do
Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Amazonas e Distrito Federal.
Em Rondônia, cerca de 200 médicos,
que estavam parados em Porto Velho desde terça-feira (30), decidiram suspender
o protesto.
Histórico
das paralisações
A primeira paralisação dos médicos,
no dia 23 de julho, contou com a adesão de ao menos 16 estados, informou a
Fenam.
As paralisações fazem parte do
calendário de greve estabelecido pela Fenam para registrar o descontentamento
da categoria com as medidas adotas pelo Executivo federal sem o consentimento
dos médicos. Conforme a entidade, “caso não haja avanços no movimento”, os
sindicatos médicos poderão decretar greve por tempo indeterminado a partir de
10 de agosto, dia em que está agendada a última atividade das paralisações
relâmpago.
No dia 8 de agosto está programada
uma marcha de profissionais da medicina em Brasília. Na ocasião, será realizada
uma audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso Nacional.
Batalha
judicial
A crise entre as entidades médicas e
o governo federal acabou nos tribunais. Inconformados com as medidas adotadas
pelo Executivo para tentar suprir a carência de médicos em regiões pobres, a
Fenam, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira
(AMB) ingressaram com diferentes ações judiciais, para tentar suspender o
programa Mais Médicos.
No dia 26, o presidente em exercício
do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, negou pedido
da AMB para suspender a medida provisória que criou o Mais Médicos.
Segundo o magistrado, não cabe ao Supremo definir se a MP atendeu às exigências
de relevância e urgência, como reclamavam as associações.
Do G1, em São Paulo - 31/07/2013 09h07 - Atualizado em 31/07/2013 15h35
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