Dilma diz que
motivações eleitorais não podem parar trabalhos do Congresso
Ao dar posse hoje (1º) aos novos ministros da Secretaria de
Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e da Secretaria de Direitos Humanos,
Ideli Salvatti, a presidenta Dilma Rousseff disse que “motivações meramente
eleitorais” não podem impedir o andamento de projetos importantes no Congresso.
Berzoini substitui Ideli, que assume o comando da pasta de direitos humanos no
lugar da ex-ministra Maria do Rosário, que deixa o governo para disputar as
eleições de outubro.
“Com Berzoini à frente da Secretaria de Relações
Institucionais, continuaremos atuando em profícua parceria com o Congresso.
Tenho certeza de que nossos aliados saberão agir para impedir que motivações
meramente eleitorais acabem por atropelar a clareza e esconder a verdade na
busca de respostas e soluções para os grandes problemas nacionais”, disse a
presidenta.
Ideli deixa a pasta, responsável pela articulação política
entre o Palácio do Planalto e o Congresso, em meio à crise com o PMDB (partido
mais importante da base de apoio ao governo) e à ameaça de criação de uma
comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a Petrobras.
Segundo Dilma, Berzoini “entende como poucos” a importância
da negociação com o Parlamento e saberá atuar na articulação política neste
momento. “Egresso das lutas e das negociações sindicais, com larga experiência
parlamentar e ministerial, Berzoini compreende perfeitamente as características
do nosso presidencialismo, marcada pela coalizão entre correntes distintas, mas
que sabem se unir quando o interesse maior do nosso povo está em questão”,
avaliou.
“Tenho certeza sobretudo de que, aquilo que o nosso povo
quer, o governo e o Congresso unidos saberão fazer. O povo quer ter seus
direitos atendidos e mais oportunidades oferecidas por serviços públicos de
qualidade. Esse é o compromisso básico de nosso governo e, tenho certeza, do
nosso Congresso Nacional [também]”, acrescentou Dilma.
Apesar da recente crise com o PMDB, a presidenta fez questão
de listar uma série de projetos de interesse do governo aprovados pelo governo
na gestão de Ideli, como a Lei de Acesso à Informação, a criação da Comissão
Nacional da Verdade, a destinação dos royalties do petróleo para
educação e o Marco Civil da Internet.
Dilma agradeceu à ex-ministra Maria do Rosário pela condução
de “temas sensíveis e decisivos para a construção de uma sociedade mais igual e
democrática” durante os 39 meses em que esteve no governo e desejou sorte nas
urnas.
À nova ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Dilma
pediu continuidade em programas como o de prevenção e combate à exploração
sexual de crianças e adolescentes e o Viver sem Limites, de apoio a pessoas com
deficiência. Ideli terá como desafio, segundo Dilma, a implantação do sistema
nacional de combate a tortura, a repressão ao trabalho escravo e a garantia de
direitos humanos à população em situação de rua.
“Espero que o diálogo com todos os movimentos da área de direitos
humanos persista intensa e proveitosamente, porque é ouvindo demandas e
debatendo as ações e políticas que continuaremos fortalecendo nossa capacidade
de garantir a todos os brasileiros e brasileiras, sem exceção, seus direitos
básicos de cidadania”, pediu a presidenta.
De Brasília, Luana
Lourenço/Paulo Victor Chagas – Agencia Brasil, 01/04/2014, às 12h36
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