Dilma defende Petrobras
e rebate críticas sobre contrato para explorar pré-sal
Em meio às críticas sobre a
contratação da Petrobras para explorar, sem licitação, o óleo excedente em
quatro áreas do pré-sal, a presidenta Dilma Rousseff saiu hoje (27) em defesa
da estatal e disse que as vozes dos que criticam a empresa “vão se perder na
imensidão do mar do pré-sal”. Segundo Dilma, não é possível fazer política de
exploração de petróleo com visão de curto prazo.
“Voltou o alarido das vozes que sempre
quiseram diminuir a Petrobras, dos que sempre quiseram entregar nossas
oportunidades sem olhar pra quem e em que condições, daqueles que querem olhar
uma empresa de petróleo baseada na sua rentabilidade de curto prazo”, disse, ao
discursar na convenção nacional do PCdoB.
Dilma rebateu as críticas de que
os recursos recebidos pela União no novo contrato com a Petrobras serão usados
para gerar superávit primário. Ela citou o valor de bônus de assinatura, de R$
2 bilhões, que será pago pela estatal na assinatura do contrato.“Levamos em
consideração a Petrobras e só cobramos R$ 2 bilhões. Este ano ela só pagará R$
2 bilhões. Por isso, quando vocês virem no jornal que estamos fazendo superávit
primário, superávit se faz com R$ 15 bilhões, não fazemos com 2 bilhões. Dois
bilhões não dá para o gasto”, comparou.
A exemplo do que tem feito em
discursos recentes, a presidenta criticou o pessimismo propagado em relação à
realização da Copa do Mundo. Desta vez, Dilma citou a mídia nacional e
internacional que, segundo ela, erraram nas avaliações sobre o Mundial de
futebol. “A imprensa nacional também errou bastante na avaliação. Sem nenhum
ânimo belicoso, é importante registrar que erraram feio na avaliação”.
De Brasília, Yara Aquino
- Repórter da Agência Brasil, 27/06/2014, às 19h50
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