Dilma reforça discurso
de diálogo e diz que é preciso saber perder
Presidenta Dilma Rousseff durante evento em que recebeu apoio do PSD, no
Palácio do Planalto. Na foto, fala o presidente nacional do PSD, Gilberto
Kassab (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
No primeiro evento público
oficial após a reeleição, a presidenta Dilma Rousseff retomou hoje (5) o
discurso de diálogo feito logo após a vitória nas urnas e disse que, na
democracia, “há que saber ganhar como há que saber perder”. Ela voltou a
defender que, terminada a eleição, é preciso desmontar palanques e dialogar em
nome das mudanças que o país precisa.
“Qualquer tentativa de retaliação
por parte de quem ganhou ou ressentimento por parte de quem perdeu é uma
incompreensão do processo democrático. E mais: criaria no Brasil um quadro
caótico onde o presidente eleito por um lado não conversa com o governador
eleito por outro, um senador eleito por um lado não conversa com o outro. Isso
não pode ser assim”, disse a presidenta em reunião aberta com integrantes do
PSD, que reafirmaram apoio a ela para o segundo mandato. (Para ler mais sobre esta matéria, clic abaixo, em:)
Dilma reconheceu que a campanha
eleitoral “acirrou ânimos”, mas reiterou que o momento agora é de mudar a
trajetória da discussão e tentar chegar a consensos. A presidenta listou o que
chamou de “metas” para o segundo mandato: aceleração do crescimento, combate à
inflação, preservação da responsabilidade fiscal, continuidade da expansão do
emprego, da renda e da inclusão social.
Segundo Dilma, essas metas serão
alcançadas com articulação no Congresso Nacional. “As mudanças serão resultado
da vontade, do trabalho e da articulação do governo, dos partidos que integram
nossa base aliada e do Congresso, portanto dos partidos da base com a
oposição”.
Ao lado do presidente do PSD,
Gilberto Kassab, e de outras lideranças da legenda, Dilma disse que o partido
terá papel de “protagonista” em seu segundo mandato. A presidenta agradeceu o
que chamou de “sobriedade pedagógica” do PSD durante o período eleitoral e
disse que tem clareza sobre o papel do partido no cenário político atual. “Cada
partido ocupa um papel, todos são extremamente importantes, mas o PSD tem uma
característica: o centro político é um espaço privilegiado das democracias e é
um espaço que temos que considerar como sendo extremamente importante”,
avaliou.
Atualmente, o PSD tem apenas um
ministro no governo Dilma: Guilherme Afif Domingos, que assumiu a Secretaria da
Micro e Pequena Empresa, desde que foi criada, em maio de 2013.
De, Brasília, Luana
Lourenço – Repórter da Agência Brasil, 05/11/2014, ás 14h53

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