Nelson Barbosa garante
que cortes não afetarão compromissos assumidos
O ministro do Planejamento disse que o ritmo dos projetos
será adequado ao novo limite financeiro
(Foto: José
Cruz/Agência Brasil)
Os cortes orçamentários previstos
para o ajuste fiscal não afetarão os compromissos assumidos pelo governo. No
entanto, obras que ainda não foram iniciadas poderão ter seus cronogramas
postergados, a fim de dar condições para que o governo, em curto e médio prazo,
cumpra as metas de corte.
“Todos os projetos vão continuar
em execução, mas o ritmo vai ser adequado a esse novo limite financeiro”, disse
o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, ao anunciar
hoje (22) os cortes orçamentários.
“Nossa prioridade é pagar todos os
compromissos que o governo tem. Estamos [em alguns casos] reduzindo os prazos
de pagamento. Vamos concluir o que está em andamento e iniciar projetos novos.
Não na magnitude que se esperaria, mas haverá projetos novos", disse ele.
Em relação ao Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), Barbosa disse que estão previstos R$ 40,5
bilhões para 2015, após um contingenciamento de R$ 25,9 bilhões. Ele minimizou
o corte anunciado para o programa.
“Ainda é um volume expressivo de
recurso. Dá para dar andamento ao Minha Casa, Minha Vida, nas obras com mais de
70% de conclusão. O investimento está sendo priorizado no que é possível. É
suficiente para fazer muitas coisas. O governo tem que continuar com os
programas prioritários para atender a demanda”, disse o ministro.
Argumento similar foi utilizado
para justificar os cortes anunciados para o Ministério das Comunicações, que,
apesar de ter suas despesas discricionárias reduzidas em R$ 317 milhões,
continuará priorizando o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
“Na área de comunicação está
preservado o programa de satélites e o lançamento e ampliação do PNBL a partir
do segundo semestre”, disse o ministro. “Portanto o O PNBL continua sendo
prioridade, com um valor limite superior ao total pago no ano passado mesmo
após do contingenciamento”, acrescentou.
De Brasília, Marcelo
Brandão/Pedro Peduzzi - Repórteres da Agência Brasil, 22/05/2015 19h14
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