Estudantes de Escola
Profissional de Bela Cruz ganham prêmio nos EUA
As alunas Maria Vanessa Oliveira
Teodósio e Fátima Natanna de Miranda, da Escola Estadual de Educação
Profissional Júlio França, do município de Bela Cruz, localizado a 245
quilômetros da Capital, ganharam dois dos dez prêmios conquistados pelo Brasil
na Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel ISEF). Esse ano, a
iniciativa foi realizada em Pittsburg, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, de
10 a 15 de maio. A EEEP Júlio França integra a Coordenadoria Regional
de Desenvolvimento da Educação (Crede) 3.
As representantes da rede
estadual apresentaram o projeto SOS SECA: Semeando Vida no Semiárido Cearense
Através de Sistemas de Captação e Dessalinização de Água de Baixo Custo. A
pesquisa foi orientada pelo professor Fernando Nunes Vasconcelos (foto), coordenador
pedagógico da EEEP, que acompanhou a dupla durante a Feira. O trabalho recebeu
prêmios da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional, no valor de
10 mil dólares, e pelo 4º lugar na categoria Ciência da Terra e Meio Ambiente,
de 500 dólares, o que equivale a mais de 33 mil reais.
Fernando Nunes explica que o
projeto propõe políticas de manejo e controle do problema da seca com o
objetivo de mitigar seus efeitos. "Para isso, construímos de forma cooperativa
sistemas de captação e dessalinização de água de baixo custo com foco em
aspectos ambientais, sociais e econômicos. Foram desenvolvidas cisternas 65%
mais econômicas e dessalinizadores eficazes na redução do teor de sal da água
salobra", ressalta.
A competição é baseada na
qualidade de projetos e pesquisas desenvolvidos por estudantes de todo o mundo
que ainda não chegaram ao ensino superior. Os jovens competiram e foram
julgados pela sua capacidade criativa e pensamento científico, rigor, competência
e clareza mostrada em seus projetos. As alunas e o professor fizeram as
exposições e defenderam o trabalho na língua inglesa. "Participar da Isef
foi uma experiência inspiradora que fortalece o trabalho de excelência em
iniciação científica júnior desenvolvido em âmbito escolar - destaca Fernando.
Vanessa Oliveira considera que a
experiência é resultado de muito empenho e superação de dificuldades. "O
trabalho com pesquisa é uma grande oportunidade de exercício de nosso
protagonismo e, portanto, deve ser apoiado e defendido".
Natanna de Miranda também
comemora a participação da Escola no projeto. "É o reconhecimento de uma
pesquisa que obedeceu padrões de cientificidade e foi apoiada integralmente
pela escola", frisa.
Neste ano, a Intel ISEF alcançou
sua 66ª edição e reuniu 1.700 estudantes de mais de 70 países. A delegação
cearense contou ainda com alunos do instituto Federal que também foi
premiado.
Da Assessora de Imprensa da
Secretaria da Educação do Estado, Jacqueline Cavalcante, 27.05.15
Nenhum comentário:
Postar um comentário