Conselho de Ética da
presidência vai investigar dez ministros de Temer
A Comissão de Ética Pública da
Presidência da República vai investigar a conduta de dez ministros do governo
do presidente em exercício Michel Temer que teriam se beneficiado ao votar,
quando eram parlamentares, a favor do processo de impeachment e do afastamento
da presidente Dilma Rousseff.
Em anúncio nessa terça-feira, 28,
o colegiado disse que atendeu um pedido do deputado Afonso Florence (PT-BA) e
explicou que enviou aos ministros pedidos de explicações e eles terão um prazo
de 20 dias para apresentar suas respostas.
Segundo a comissão, terão de
apresentar explicações os ministros Mendonça Filho (Educação), Osmar Terra
(Desenvolvimento Social), Ricardo Barros (Saúde), Sarney Filho (Meio Ambiente),
Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Blairo
Maggi (Agricultura), José Serra (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades) e
Maurício Quintella (Transportes, Portos e Aviação Civil).
O ex-ministro do Planejamento
Romero Jucá, senador pelo PMDB de Roraima, também terá de se explicar ao
colegiado, por ter ocupado um cargo da chamada alta administração.
No pedido ao Conselho de Ética,
Afonso Florence argumentou que esses ministros se posicionaram a favor do
impeachment de Dilma movidos por interesses "pessoais e políticos".
Segundo a nota, após Temer assumir como presidente em exercício, os então
parlamentares foram convidados para cargos no primeiro escalão do governo. Na
representação, informou o partido, Afonso Florence sugere a exoneração dos
ministros.
De Brasília, Brasil 247,
em 29/06/2016, às 15h46
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