Dilma tenta último
recurso contra o impeachment
“Não pode um país, sob o risco de
traumas e conflitos, permanecer a ser governado por quem não foi eleito pelo
povo e não exerce seu mandato por decorrência do texto constitucional. A
democracia não pode conviver com governos ilegítimos, nem mesmo por poucos
dias”, diz o texto do mandado de segurança protocolado na noite de ontem pela
presidente afastada Dilma Rousseff, como seu último recurso no Supremo Tribunal
Federal para tentar reverter o processo de impeachment.
Assinado pelo advogado de Dilma,
o ex-ministro José Eduardo Cardozo, o texto aponta a “falta de justa causa”.
Depois do julgamento, que a
afastou por 61 votos a 20, vários senadores reconheceram não haver crime de
responsabilidade. Cassado na sequência, o ex-deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) ameaça revelar que o impeachment foi um golpe, contando ainda como
foi a participação de Michel Temer na conspiração, no livro que escreve.
Nesta semana, o ex-presidente do
STF, Ricardo Lewandowski, definiu o impeachment como um "tropeço na
democracia brasileira".
“Em um Estado Democrático de
Direito não pode ser admitida a invocação de falsos motivos jurídicos para a
destituição de um Presidente da República”, diz o texto de Cardozo. Ele fala
ainda em “uma ruptura institucional”, “uma violência profunda” e “uma
histórica injustiça” cometida contra uma presidente democraticamente eleita.
De Brasília, Brasil 247, 30/09/2016, às 04h44
Puro sabor natural da laranja fresca!
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