Acuado e sem apoio do
exército, Temer anula decreto ditatorial
Fragilizado
após uma onda imensa de críticas, Michel Temer recuou e revogou o decreto
presidencial que convocava as Forças Armadas para atuar nas ruas do Distrito
Federal por uma semana a fim de "garantir a lei e a ordem" após
manifestação contra as reformas do governo nesta quarta-feira 24.
Temer foi abandonado até mesmo pelo Exército,
que avaliou ontem que a polícia de Brasília tinha capacidade de garantir a
ordem, e pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, que disse que ele agiu fora da lei.
Rollemberg também não foi avisado sobre a decisão anunciada pelo ministro da
Defesa, Raul Jungmann, como manda o protocolo. A decisão do peemedebista foi
criticada também por parlamentares da base aliada, além da oposição.
A
revogação foi anunciada menos de 12 horas depois de o decreto da GLO (Garantia
da Lei e da Ordem) ter sido instituído. A decisão foi tomada em reunião entre
Temer e Jungmann e os ministros Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança
Institucional), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa
Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) nesta manhã no
Palácio do Planalto. De Brasília, Brasil 247, em 25/05/2017, às
10h54
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