Contas
públicas fecham setembro com déficit de R$ 21,2 bilhões
De janeiro a
setembro, o déficit chegou a R$ 82,110 bilhões contra R$ 85,501 bilhões
em igual
período de 2016 (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)
O setor público consolidado, formado pela
União, estados e municípios, registrou déficit nas contas públicas em
setembro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (30), em
Brasília. O déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos
com juros, ficou em R$ 21,259 bilhões. No mesmo mês do ano passado, o déficit
primário foi maior: R$ 26,643 bilhões.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC,
Fernando Rocha, destacou que o resultado de setembro deste ano é o menor para o
mês desde 2015, quando ficou deficitário em R$ 7,318 bilhões. Ele destacou que
o governo federal tem feito controle de despesas, além de aumentar receitas com
alíquotas maiores do PIS/Confins (Programa de Integração Social e Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social). Outro fator é a melhora na
atividade econômica, que “gradualmente começa a se traduzir em receitas”.
Além disso, Rocha destacou há melhora nos
resultados dos governos estaduais e municipais. Por outro lado, disse Rocha, os
resultados deficitários da Previdência continuam a bater recorde.
De janeiro a setembro, o déficit primário chegou a
R$ 82,110 bilhões, contra R$ 85,501 bilhões em igual período de 2016.
Em 12 meses encerrados em setembro, o déficit
primário ficou em R$ 152,339 bilhões, o que corresponde a 2,35% do Produto
Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Em setembro deste ano, o Governo Central
(Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) acusou déficit primário de R$
22,227 bilhões. Os governos estaduais anotaram déficit primário de R$ 163
milhões, e os municipais, resultado negativo de R$ 613 milhões. As empresas
estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e
Eletrobras, tiveram déficit primário de R$ 191 milhões no mês passado.
(Merchandising)
Gastos com juros nominais
Em setembro, os gastos com juros nominais ficaram
em R$ 32,049 bilhões contra R$ 40,458 bilhões em igual mês de 2016. O déficit
nominal, formado pelo resultado primário e os resultados de juros, atingiu R$
53,309 bilhões no mês passado ante R$ 67,1 bilhões de setembro de 2016. Em 12
meses encerrados em setembro, o déficit nominal ficou em R$ 567,517 bilhões, o
que corresponde a 8,75% do PIB.
A dívida líquida do setor público (balanço entre o
total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais)
chegou a R$ 3,298 trilhões em setembro, o que corresponde a 50,9% do PIB, com
elevação de 0,7 ponto percentual em relação a agosto.
A dívida bruta (contabiliza apenas os passivos dos
governos federal, estaduais e municipais) atingiu R$ 4,789 trilhões ou 73,9% do
PIB, com aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. Rocha
afirmou que a devolução de recursos do BNDES ao Tesouro ajudou a evitar um
aumento maior da dívida bruta. Para outubro, a projeção do BC é que a dívida
bruta chegue a 74,4% do Produto Interno Bruto. A estimativa para dívida líquida
é 51,1% do PIB, neste mês.
De Brasília, Kelly Oliveira - Repórter da Agência
Brasil, em 30/10/2017, às 11h08
Nenhum comentário:
Postar um comentário