Golpe derruba crédito imobiliário pela metade

O golpe parlamentar de 2016, que retirou uma presidente legítima e
honesta e pôs uma seu lugar um político prestes a sofrer a terceira denúncia
criminal, teve um efeito desastroso sobre o financiamento de imóveis no
País. 
Segundo dados do Banco Central, o volume de crédito destinado ao
financiamento de imóveis com dinheiro da poupança caiu pela metade em
2017, em comparação com 2014, quando esses recursos atingiram patamar
recorde.
No ano passado, o montante acumulado para financiar a compra e a
construção da casa própria em foi de R$ 83 bilhões, bem abaixo dos R$ 168
bilhões de 2014, já considerada a inflação. Os números de 2017 representam a
terceira queda seguida do volume de financiamento.
Uma das causas da crise é o enfraquecimento da Caixa Econômica Federal,
provocada pelo governo de Michel Temer. "Ela tem 70% do mercado, mas não
tem capital para continuar no ritmo pré-crise", diz José Carlos Martins,
da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Para Miguel Oliveira,
da Anefac (associação de executivos de finanças), as dificuldades pelas quais a
Caixa tem passado devem limitar a oferta de juros menores para o consumidor.
O desemprego, ainda em dois dígitos, é apontado como um dos fatores que
mais atrapalham a alta do crédito. A desaceleração do financiamento acompanhou
a alta do desemprego, que subiu da casa dos 6% para mais de 13%.
As informações são de reportagem de Douglas Gravas,
no Estado de S. Paulo, em 02/04/2018. Publicado em Brasil 247

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