Zanin: Moro provou que faz política e
não justiça

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, criticou a decisão do juiz Sérgio Moro, que quebrou nesta
segunda-feira, 1, o sigilo de parte do acordo de delação premiada do
ex-ministro Antonio Palocci a apenas seis dias das eleições
presidenciais.
"A conduta adotada hoje pelo juiz Sérgio Moro na Ação Penal nº
5063130-17.2016.4.04.7000 apenas reforça o caráter político dos processos e da
condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula", diz Zanin em
nota.
"Moro juntou ao processo, por iniciativa própria ('de ofício'),
depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o
nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados,
até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em
consideração no julgamento da ação penal. Soma-se a isso o fato de que a
delação foi recusada pelo Ministério Público. Além disso, a hipótese acusatória
foi destruída pelas provas constituídas nos autos, inclusive por laudos periciais",
acrescenta o advogado de Lula.
Sérgio Moro incluiu as informações delatadas por Palocci na ação penal
do Instituto Lula. No despacho, o juiz afirma que "examinando o seu
conteúdo, não vislumbro riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade".
A delação é Palocci é classificada pelo procurador Carlos Fernando dos Santos
Lima, um dos principais procuradores da Lava Jato, como um blefe.
"Está mais para o acordo do fim da picada", disse ele.
Leia,
abaixo, a nota na íntegra:
A conduta adotada hoje pelo juiz Sérgio Moro na Ação Penal nº
5063130-17.2016.4.04.7000 apenas reforça o caráter político dos processos e da
condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula.
Moro juntou ao processo, por iniciativa própria ("de ofício"),
depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o
nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados,
até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em
consideração no julgamento da ação penal. Soma-se a isso o fato de que a
delação foi recusada pelo Ministério Público. Além disso, a hipótese acusatória
foi destruída pelas provas constituídas nos autos, inclusive por laudos
periciais.
Palocci, por seu turno, mentiu mais uma vez, sem apresentar nenhuma
prova, sobre Lula para obter generosos benefícios que vão da redução
substancial de sua pena – 2/3 com a possibilidade de "perdão
judicial" – e da manutenção de parte substancial dos valores encontrados
em suas contas bancárias.
De Curitiba (PR), Paraná 247, em 01/10/2018, às 17h23
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