MP abre
investigação contra procurador da Lava Jato acusado de receber propina
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Carlos Fernando Lima, Deltan Dallagnol e Januário Paludo
(Foto: Divulgação)
Já está em curso a investigação sobre
o pagamento de propinas ao procurador da Operação Lava Jato, Januário Paludo.
A apuração começou com um relatório da
Polícia Federal, de outubro, sobre mensagens trocadas entre o doleiro Dario
Messer e sua namorada.
As mensagens citam que foi paga
propina ao procurador Paludo para proteger o doleiro. O relatório da PF foi
enviado à PGR (Procuradoria-Geral da República) para adoção de providências.
Integrantes do órgão avaliaram o caso como gravíssimo.
A Corregedoria do Ministério Público
Federal instaurou uma sindicância para apurar as mesmas suspeitas do ponto de
vista ético-disciplinar.
Dario Messer, conhecido como “o
doleiro dos doleiros”, é um dos que devem ser ouvidos na investigação penal no
STJ. Outros nomes que acusam a Lava Jato de praticar desvios também poderão ser
chamados a depor, como o advogado Rodrigo Tacla Duran, conforme apurou a
reportagem do jornalista Reynaldo Turollo Jr. da Folha de
S.Paulo.
Nas conversas obtidas pela PF, o
doleiro dos doleiros Messer diz à sua namorada que uma das testemunhas de
acusação contra ele teria uma reunião com Paludo, e acrescenta: “Sendo que esse
Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo
mês”.
Para a PF, ainda de acordo com a
reportagem do UOL, os “meninos” mencionados por Messer são Claudio Fernando
Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca, suspeitos
de atuar com o doleiro em operações de lavagem de dinheiro investigadas pela
Lava Jato do Rio.
Paludo está na Operação Lava Jato em
Curitiba desde o seu início, em 2014. Ele é apontado como conselheiro do
procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, e próximo do ex-juiz
Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo de extrema-direita de Jair
Bolsonaro.
Por Brasil 247, com informes da Folha e do Uol, publicado em
05/12/2019, às 05h59
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