"mea culpa"
Somos todos iguais, tá? Uns mais
iguais que outros. Uns completamente diferentes. Passamos a vida procurando
nossos pares e deles nos aproximamos e ficamos agrupados, assim, por
afinidades. Algumas reais, algumas presumidas, algumas apenas desejadas. Aproximamo-nos
do que nos identifica, ou do que desejaríamos que nos identificasse. Mas a
vida não permite esses territórios fundamentalistas. No dia a dia, a
gente esbarra com gente – de bem – totalmente diferente da gente. Amigo de
amigo, amigo de parente, parente de parente, parente de amigo. Não tem
como evitar e nem deve. É saudável saber respeitar outros mundos. O exercício
diário de tolerância com a diferença, mesmo aquela que nos agride os valores,
que nos incomoda, que nos indigna, é um dever de casa da vida, que recebemos
todo dia, se quisermos, pra aprender alguma coisa. Envergonho-me de pensamentos
preconceituosos, de pré-julgamentos, de achismos, de definições apriorísticas,
de classificações e antecipações indébitas. Envergonho-me da minha mente tacanha disfarçada
de aberta e disponível. Todos os dias, quero tirar de mim essa
mentalidade classe média cega e burra e alçar voos do tamanho do mundo real,
onde tudo pode, onde tudo existe, onde tantas verdades co-habitam.
Essa é a minha oração. É por isso
que, todos os dias, bato no peito, peço perdão e confesso: mea culpa, mea culpa,
mea maxima culpa. Prometo melhorar. Amém!
Oliver Sweeney
Obs.: Tradução e repontuação: do blog
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