Mais de 1,5 milhão de peregrinos devem participar
do encerramento da JMJ
(Foto: Eduardo Carvalho)
Sob chuva fina, milhares de fiéis
aglomeram-se desde o início da manhã deste sábado (27) em frente ao Monumento
dos Pracinhas, no centro do Rio, para retirar o kit da vigília. Outros já
iniciaram o percurso de 9,5 quilômetros até a Praia
de Copacabana, zona sul, onde o papa
Francisco tem o último compromisso do dia, a Vigília de Oração, a
partir das 19h30.
(Foto: Agência Brasil)
Segundo a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ),
mais de 1,5 milhão de peregrinos devem participar do encerramento do evento. O
kit pesa cerca de 3 quilos e contém as cinco refeições para o final de semana:
almoço, jantar e ceia para sábado e café da manhã e almoço para domingo (28).
Ao longo do caminho estão montadas tendas de reciclagem para recolhimento do
lixo.
Quem chegou mais tarde precisou ter
paciência. Com a chuva e a multidão, os kits foram sendo entregues
vagarosamente, mas não houve tumulto. Bem-humorado, o piauiense Marcos Santos
esperava na fila com um grupo de amigos tocando violão. “Quem canta, os males
espanta”, brincou. “Se parar de chover na hora da Procissão do Santíssimo
Sacramento e durante a noite, para não dormirmos na areia molhada, já está bom
demais”, completou.
Os fiéis estão saindo da Central do Brasil em direção a Copacabana. Uma das
faixas da Avenida Presidente Vargas, toda a Avenida Rio Branco, uma das pistas
do Aterro do Flamengo e da Enseada de Botafogo e as avenidas Lauro Sodré,
Princesa Isabel e Atlântica estão interditadas ao trânsito.
Toda a rota da peregrinação está sinalizada e conta com apoio de postos
médicos. O acesso ao Aeroporto Santos Dumont, no centro, está garantido, mas a
prefeitura pede que as pessoas saiam mais cedo de casa para evitar transtorno.
A maioria dos peregrinos carrega malas
e sacos de dormir para a vigília na praia, que se estende até as 10 horas de
domingo, quando o papa Francisco reza a Missa de Envio, com a presença da
presidenta Dilma Rousseff, de ministros de
Estado e presidentes latino-americanos. Banheiros químicos foram espalhados ao
longo do Aterro do Flamengo.
Um grupo de paraguaios se adiantou e chegou em Copacabana às 7h. Javier Alonso
Perez, de 17 anos, disse que não conseguiu dormir por causa da ansiedade.
“Queremos encontrar um bom lugar para a Missa de Envio. Que pena que acaba
amanhã. Está sendo bom demais”, comentou ele, que pretende dormir na praia para
fazer a vigília.
Embora o início do trajeto começasse da Central do Brasil, muitos
preferiram encurtar o caminho, como a aposentada, Maria de Lourdes Farinha, de
68 anos, que preferiu pegar um ônibus. “Na minha idade, minha filha, não
aguento mais caminhar tanto assim. Mas o que importa é ter fé, né?”,
desculpou-se.
O percurso da peregrinação foi alterado devido às chuvas. O terreno em
Guaratiba, na zona oeste do Rio, acabou ficando alagado. Um esquema especial
foi improvisado há dois dias para atender às centenas de milhares de católicos
que participam do evento.
A prefeitura permitiu que os participantes da JMJ dormissem na praia sem
a utilização de barracas. Para quem quiser voltar para casa, não haverá compra
antecipada de bilhetes do metrô. Além disso, quatro das 32 estações serão
fechadas para agilizar o transporte: Presidente Vargas, Cinelândia, Catete e
Cantagalo.
Agência Brasil |
13h40 | 27.07.2013
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