A vida é mesmo assim...
Há poucos dias, um amigo meu perdeu o pai, que sofria enfermidade há algum tempo em casa e, depois, num leito de um hospital, até se findar. O amigo sofreu muito com a perda do seu genitor e até escreveu crônica sobre a sua dor.
Hoje fiquei feliz ao vê-lo de perfil novo em seu "face", vazando otimismo pelos poros da face, como que se estivesse a começar nova etapa em sua jovem vida de algumas desilusões.
Hoje mesmo, por coincidência, havia lido uma reflexão de Paulo Coelho, de quem sou leitor assíduo, e via estranha semelhança entre as duas situações vistas por mim.
Ei-la: "Nos dias de desespero logo após a morte da filha, a escritora Isabel Allende recebeu a visita da mãe, que trazia um pacote de cartas que Isabel havia lhe escrito. E disse: 'Esta dor é um túnel pelo qual tens que caminhar até chegar ao outro lado. Não há nenhuma maneira de evitar tal sofrimento; não há comprimidos, terapia, ou descanso. Precisas seguir adiante, até cruzar o túnel. Precisas viver cada etapa desta dor, e assimilá-la. Ela não irá partir nunca, vai ser parte de tua natureza daqui por diante – e é necessário aceitar isto'.
A mãe estendeu as cartas. Pouco a pouco, Isabel Allende foi revivendo todo o seu calvário com a doença da filha, entendendo seu próprio amor e suas limitações. No final, cruzou o túnel e aceitou a perda".
É, amigo. A vida é mesmo assim! As coisas se repetem. E a vida tem que seguir, até se findar para qualquer um vivente.
Por Herculano Costa
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