Justiça suspende liminar
que impedia construção de viadutos
Depois de 1 (uma) semana da publicação da liminar que
determinava a suspensão das obras de construção dos
viadutos no cruzamento das Avenidas Antônio Sales com Engenheiro Santana
Júnior, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) suspendeu a decisão, concedendo
o direito de retomada das obras.
Depois de analisar 2.169 páginas do processo, o presidente do TJ-CE,
desembargador Gerardo Brígido, considerou que a decisão da 2ª Vara da Fazenda
Pública, interfere de forma indevida na “na atual política
municipal de desenvolvimento da mobilidade urbana”.
O presidente do TJCE observou que, ao suspender a continuidade das obras, o Juízo de 1º Grau não mensurou a potencialidade danosa ao meio ambiente em relação aos significativos benefícios que os viadutos trarão à população.
O presidente do TJCE observou que, ao suspender a continuidade das obras, o Juízo de 1º Grau não mensurou a potencialidade danosa ao meio ambiente em relação aos significativos benefícios que os viadutos trarão à população.
Sobre o replantio de árvores, o magistrado ressaltou que a obrigação já
começou a ser cumprida pela Prefeitura de Fortaleza. O desembargador considerou
ainda que na decisão de 1º Grau foram priorizados interesses pontuais em sacrifício exagerado do interesse público, sem [a
ponderação] como devia.
“Violou-se, não resta dúvida, o princípio da proporcionalidade ao obstaculizar a eliminação de um dos principais pontos de estrangulamento do trânsito entre as regiões norte e sul de Fortaleza, por onde circulam diariamente cerca de 70 mil veículos, sendo 294 coletivos, que transportam cerca de 177 mil passageiros por dia”, ressaltou o desembargador.
“Violou-se, não resta dúvida, o princípio da proporcionalidade ao obstaculizar a eliminação de um dos principais pontos de estrangulamento do trânsito entre as regiões norte e sul de Fortaleza, por onde circulam diariamente cerca de 70 mil veículos, sendo 294 coletivos, que transportam cerca de 177 mil passageiros por dia”, ressaltou o desembargador.
MPF
envia à PF laudo que comprovaria a ilegalidade da obra
O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) enviou à Polícia Federal
nesta quarta-feira (24) um laudo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
(Ibama) que comprovaria a ilegalidade
da obra.
O mesmo relatório foi encaminhado ao procurador da República Márcio
Torres, que faz parte do núcleo criminal da Procuradoria da República no Ceará
(PR/CE), para adoção de medidas de urgência no âmbito penal. De acordo com o
MPF, o documento expedido pelo procurador da República Oscar Costa Filho, deve
resultar na abertura de inquérito para que a PF investigue as condições da
intervenção no Cocó.
Relembre o entrave
Relembre o entrave
No despacho que impedia a continuação das obras, o juiz Francisco Chagas
Barreto Alves alegava que a finalidade da liminar era
defender o patrimônio público. "O Parque Ecológico do Cocó constitui
unidade de conservação com proteção integral, não sendo permitindo a
intervenção de atividades degradantes nem mesmo pelo poder público", declarou.
Diante da decisão, a Prefeitura de Fortaleza rebateu a justificativa apresentada
na liminar ao afirmar que as árvores não pertencem ao ecossistema do mangue, e
que há o comprometimento de se plantar o triplo do que foi retirado.
"O projeto prevê a retirada de 94 árvores (a maioria das plantas popularmente conhecida como "castanhola") que não pertencem àquele ecossistema. Como contrapartida, o projeto estabelece o plantio de outras 292 árvores dentro do Parque do Cocó, obrigação esta que já começou a ser cumprida pela Prefeitura de Fortaleza, utilizando espécies integrantes do ecossistema original", informou em nota.
"O projeto prevê a retirada de 94 árvores (a maioria das plantas popularmente conhecida como "castanhola") que não pertencem àquele ecossistema. Como contrapartida, o projeto estabelece o plantio de outras 292 árvores dentro do Parque do Cocó, obrigação esta que já começou a ser cumprida pela Prefeitura de Fortaleza, utilizando espécies integrantes do ecossistema original", informou em nota.
Entenda
a obra
Os detalhes sobre
como irão funcionar os dois viadutos a serem construídos foram divulgados pela
Prefeitura de Fortaleza durante a assinatura da ordem de serviço para o início
das obras no início de julho.
Uma maquete virtual foi
divulgada durante o evento e mostrou que o primeiro dos viadutos servirá para
os motoristas que precisarem acessar a Av. Engenheiro Santana Júnior em direção
ao Papicu. Já o segundo viaduto vai permitir que os veículos sigam para a Av.
Washington Soares
"São dois viadutos que irão ter 300 metros de comprimento. Eles funcionarão em dois níveis. Haverá três níveis de escoamento. Um ao nível do terreno, um outro ao nível do primeiro viaduto e outro ao nível do segundo", explicou o titular da titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), Samuel Dias.
"São dois viadutos que irão ter 300 metros de comprimento. Eles funcionarão em dois níveis. Haverá três níveis de escoamento. Um ao nível do terreno, um outro ao nível do primeiro viaduto e outro ao nível do segundo", explicou o titular da titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), Samuel Dias.
Redação DN Web |
12h11 | 24.07.2013 - Atualizada
às 15h25
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