quarta-feira, 24 de julho de 2013

MOBILIDADE URBANA - FORTALEZA

Ciro defende construção de viadutos e solta o verbo nos que são contrários às obras
O ex-ministro Ciro Gomes (PSB) defendeu, nesta terça-feira, 23, a construção de dois viadutos que a Prefeitura pretende construir no encontro das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, no Cocó. Ciro disse que são contra esse projeto “burgueses e alguns maconheiros – e não é todo mundo”, ponderou. 
Na avaliação do ex-ministro, a obra é necessária, uma vez que cerca de 70 mil carros e 274 ônibus passam diariamente pelo local, demorando atualmente em média 30 minutos no trecho. Segundo ele, com os viadutos, esse tempo deve cair para três minutos, proporcionando maior qualidade de vida às pessoas que por ali passam. 
Questionado se a construção de túneis não seria uma alternativa viável, ele disse que a obra ficaria 50 vezes mais cara e haveria problemas com água.

Sobre a presença de Rosa da Fonseca, militante do Movimento Crítica Radical, entre os que estão à frente dos protestos, o ex-ministro disse que respeita muito a pessoa da ex-vereadora, mas observou que ela é sempre contra tudo que se faz no Estado. De acordo com ele, fosse pelos ambientalistas, o Ceará não teria a barragem do Castanhão nem o Porto do Pecém. As declarações foram feitas durante entrevista ao Programa Paulo Oliveira, da Rádio Verdes Mares AM.
Na segunda-feira, 22, o Ministério Público Federal (PMF) recomendou que a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) exija, da Prefeitura, o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) referente à obra. A Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) da Prefeitura de Fortaleza entende que já foi dado licenciamento ao Transfor como todo e, portanto, considera não haver necessidade de novo estudo. 
A obra de construção dos viadutos entre as avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, que começou há 15 dias, está suspensa desde o último dia 16 por decisão liminar da Justiça. O juiz Francisco Chagas Barreto atendeu a uma ação popular motivada pelo corte de 94 árvores do Cocó devido à intervenção. Membros de movimentos sociais ligados à causa ambiental chegaram a acampar no local da derrubada. 
Pela decisão da Justiça, os trabalhos estão suspensos até que a Prefeitura se defenda em juízo, quando o juiz decidirá se mantém ou não a decisão. Na última quarta-feira, 17, o prefeito Roberto Cláudio (PSB) prometeu recorrer da decisão e disse que as críticas ao projeto partem de pessoas com “posição política de ser do contra”.

Com informações do Blog do Eliomar

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