Dilma libera R$ 13,5 bi para PAC 2 e diz que
investimento não tem tom de campanha
A
presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (24) a liberação de
R$ 13,5 bilhões a municípios para a realização de obras do PAC 2 (Programa de
Aceleração do Crescimento).
Dilma
falou a uma plateia de ministros, prefeitos, senadores e deputados no Palácio
do Planalto, ao anunciar R$ 10,5 bilhões a obras de saneamento. O restante,
será destinado a pavimentação para 1.198 municípios. A promessa havia sido
feita em março deste ano, durante evento com novos prefeitos em Brasília.
Em
resposta a adversários, a presidente também destacou que o anúncio do
investimento não tem viés de campanha. Segundo ela, obras de saneamento
"ficam enterradas", não é "magnífico em sua aparência".
"O
que eu acho importante nesse processo é que é um processo que de fato não pode
olhar nem deve olhar se nós vamos deixar ou não uma obra com um grande volume e
magnífica em sua aparência. O esgoto não é magnífico em sua aparência. Esgoto
tem de estar enterrado no chão e deve ser tratado, bem coletado e de fato deve
se produzir projetos técnicos de alta qualidade", disse Dilma.
Todos
os Estados e o Distrito Federal devem receber recursos, que deverão ser
aplicados em 7,5 mil quilômetros de vias e recapeamento, além da implantação de
ciclovias. Os recursos também irão para 15 mil quilômetros de calçadas,
sinalização, acessibilidade e faixas de pedestres. Em saneamento, a verba irá
para obras de sistemas de drenagem de águas pluviais, redes de abastecimento de
água e esgoto sanitário.
Segundo
Dilma, foram priorizadas propostas com projetos de engenharia, para que sejam
viabilizadas com mais rapidez. A presidente também negou, por meio de sua conta
no Twitter, o viés eleitoreiro do anúncio. "Saneamento é obra escondida.
Depois que você faz, ela desaparece, mas ela aparece nos dados de saúde
pública."
Em
seu discurso, a presidente disse também "que o governo federal considera o
investimento em pavimentação legítimo". "Um calçamento de rua não é
algo que a gente acha que adorna a cidade. Adorna. Mas é, sobretudo, um local
que garante que as crianças não vão brincar misturadas com esgoto ou com a água
da chuva", disse Dilma.
O
ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) também fez discurso no mesmo tom. Segundo
ele, as ações da presidente fazem parte de
um "novo" caminho para o país, enquanto o Brasil, sob
comando de partidos adversários, praticava uma política 'velha', que apenas se
preocupou em deixar como legado "obras faraônicas", espécie de
"pirâmides", que eram feitas sem considerar a necessidade ou o tamanho
dos gastos.
"Definitivamente
não estamos anunciando nenhuma pirâmide. Essas obras que estamos anunciando não
caberão no cartão postal. Estarão pulverizadas pelo país", disse.
"Pavimentar ruas com calçadas não é faraônico, mas é nessas ruas, nessas
calçadas, que o Brasil real caminha".
De BRASÍLIA, Júlia Borba/Tai Nalon, FolhaPress - 24/10/2013, 14h21
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