Lava-Jato: 62
parlamentares e líderes de partido envolvidos
(Foto: Aílton de Freitas/Ag. O Globo)
O número de políticos envolvidos
no escândalo da Petrobras, derivado da Operação Lava-Jato, já chega a 62
parlamentares, ex-parlamentares, dirigentes de partido, ministros e
governadores. Entre os envolvidos têm os que, até agora, foram apenas citados
por delatores, os investigados — que respondem a inquérito —, os denunciados —
com maiores indícios de envolvimento — e os condenados e presos.
Os investigados formam o maior
grupo, 48 ao todo. Aqueles com mandato respondem a inquéritos no Supremo
Tribunal Federal (STF) — 31 deles —, os governadores, no Superior Tribunal de
Justiça (STJ), e os demais, sem mandato, na primeira instância. Sete meses
depois de conhecida a “lista de Janot” — do procurador-geral da República,
Rodrigo Janot —, em março deste ano, e com a determinação de abertura de
inquérito pelo ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, esses
investigados vivem a expectativa do desfecho do caso. Eles têm prestado
depoimentos, encaminham documentos e aguardam a manifestação a Polícia Federal,
que comanda a investigação ainda em curso. Em muitos casos, a PF tem solicitado
mais prazos no inquérito ou quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Até o momento, foram seis os
denunciados pelo procurador-geral, entre eles, o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTB).
Dois políticos já foram condenados e estão presos: o ex-deputado petista André
Vargas e o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari. Estão presos, mas ainda não
foram julgados o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-deputado Luiz
Argôlo, que era filiado do Solidariedade.
Os outros quatro da lista são os
que foram citados na delação premiada do lobista Fernando Soares, o Fernando
Baiano, e seus nomes vieram à tona na semana passada: o senador e presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Delcídio Amaral (PT-MS) e Jader Barbalho
(PMDB-PA), além do ex-ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, que ocupou o
cargo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os envolvidos na Lava-Jato são ou
já foram filiados a sete partidos. O Partido Progressista (PP) continua no topo
da lista, com 31 políticos na Lava-Jato; PT e PMDB, cada um, têm 12 nesse
grupo; o PSB tem 2; o PSDB, o PTB e o Solidariedade, um cada; e dois sem
partido.
Com informações do O Globo, 19/10/2015
(Guaraná de guaraná)
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