Cunha tenta
barganhar, mas virou cadáver político
Por Fernando Brito (*)
Noticia a Folha que Eduardo Cunha
vai rejeitar o principal pedido de impeachment apresentado contra Dilma, o de
Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, que é tutelado pelo PSDB.
E que ficará com a nova versão,
que seria apresentada na sexta-feira, em "stand by", para ver quem
lhe dá mais garantias contra o inevitável: a sua queda da presidência da
Câmara.
Cunha, assim, pendura o país na
sua própria necessidade de escapar impune de algo que, a esta altura, já não
pode ser contido: a sua responsabilização política – a penal demorará – pelos
crimes de evasão de divisas e de obtenção de vantagens ilícitas.
É certo que este campo não é nada
desconhecido para Eduardo Cunha, acostumado às artes ocultas da chantagem
política, mas ele não costuma produzir efeito se, fora das sombras, todos dele
já se aperceberam.
Será tolo, na oposição ou na
situação, quem acreditar que Cunha pode fazer algum tipo de barganha, porque já
não tem coisa alguma, senão o poder formal do cargo, para dar em troca. Muito
menos se acha que poderá levar vantagem em quem dá, a ambos os lados, lições
magistrais em matéria de pressões espúrias.
Não é preciso ser nenhum bidu
para saber que, cessada judicialmente a possibilidade de que ele decida sobre
os pedidos, virá uma nova onda de denúncias.
Cunha virou um cadáver político e
quem lhe segurar firme sua mão será puxado para as profundezas.
(*) Fernando Brito é jornalista, colunista e articulista do Tijolaço
Matéria publicada em 14/10/2015 (www.brasil24/7 e Tijolaço
(Dê sinal VERDE para essa atitude)
Nenhum comentário:
Postar um comentário