Vivi esse dia épico: perdemos, mais estamos mais
fortes

Por Mauro
Lopes (*)
Perdemos. Mas é dessas
derrotas das quais nos orgulhamos porque lutamos o bom combate. Este domingo
era meu plantão no Brasil 247 e parecia um plantão "normal", de
ressaca da desclassificação do Brasil.
Até que veio a bomba do desembargador Rogério Favreto e seu despacho
acolhendo o habeas corpus em favor de Lula e determinando sua soltura.
Tudo virou do avesso e o dia entrou em vertigem.
Idas e vindas, reviravoltas.
Uma luta desigual de todo o poder e estrutura e manobras dos golpistas e
suas mídias contra nossa fragilidade -assentada, entretanto, na força de um
povo que sabe o que é lutar para viver e manter a esperança acesa.
Somos, nós do 247 e todas as mídias independentes, muito frágeis perto dos
poderosos Marinhos e Frias. Mas somos fagulha no capim seco, e a luta do dia
correu, informou e abriu os olhos de milhões neste domingo. Estivemos, toda
equipe do 247, irmanada, unida, como tanta gente país adentro -aqueles e
aquelas de folga apresentaram-se para a jornada que se revelou histórica.
No final, os poderosos aplicaram mais um golpe contra a democracia e saiu
a decisão do presidente do TRF-4, Thompson Flores, um membro destacado da elite
escravocrata brasileira.
Lula fica preso.
Mas, gente, que orgulho de ter lutado.
E começamos essa segunda mais fortes que domingo. E eles mais fracos. A
correlação de forças no país está mudando, em favor do povo.
A consciência de que Lula é um preso político espalha-se.
Veremos os efeitos deste dia épico ao longo da semana, nas próximas
pesquisas, no cotidiano da luta política. Quem viver verá. Esperança acesa.
(*) - Mauro Lopes é jornalista e editor do 247 e do Blog Caminho para Casa
De Brasília, Brasil 247, em 09/07/2018, às 04h53

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