sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Tragédia em Minas

Barragem da Vale rompe em Brumadinho; ações passam de alta de 2% para queda de até 12%
 Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação 
Barragem da Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho 
(Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Uma barragem da Vale na Mina do Feijão, em Brumadinho (MG), sofreu rompimento na tarde desta sexta-feira (25). O Ministério do Meio Ambiente informou que 1 milhão de metros cúbicos de rejeito de mineração foi rompido - há três anos, a tragédia de Mariana envolveu 43,7 milhões de metros cúbicos de lama.
À AFP, um representante do Corpo de Bombeiros disse que há "vários mortos", mas não especificou quantos. O estado prepara um gabinete de crise para lidar com efeitos socioambientais.
Minutos após a divulgação da notícia, por volta das 13h30 (horário de Brasília), os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale negociados na NYSE, que estavam subindo cerca de 3% na primeira hora do pregão, zeraram os ganhos. Às 15h35, os papéis tinham queda de 7,37%, a US$ 13,77 (mas chegaram a bater queda de 12% por volta das 14h50).
Em nota, a Vale disse que as primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
"A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens", disse a empresa. "A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade".
Em seu Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse lamentar o ocorrido. "Determinei o deslocamento dos Ministros do Desenvolvimento Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretário Nacional de Defesa Civil para a região", escreveu. Segundo ele, a maior preocupação agora é "atender eventuais vítimas desta grave tragédia".
Moradores da parte mais baixa da cidade, na região metropolitana de Belo Horizonte, serão retirados de suas casas, segundo a Defesa Civil. O perfil da Prefeitura de Brumadinho no Instagram solicitou que a população mantenha distância do leito do Rio Paraopeba.
O museu a céu aberto Inhotim, que também fica na cidade, informou ao G1 que está retirando funcionários e visitantes de suas dependências por precaução.
De Brasília (DF), by Infomoney, com Brasil 247, em 25/01/2019, às  14h01

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