Crescimento
econômico está associado a reformas, defende Ipea
O crescimento da economia depende da aprovação de reformas, em especial
a da Previdência Social. A avaliação é de especialistas em macroeconomia
do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Produto Interno Bruto
(PIB) cresceu 1,1% em 2018, o mesmo percentual de 2017.
O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo
Souza Jr., disse que as despesas com a Previdência Social são os principais
fatores de influência do déficit.
As despesas do Regime Geral da Previdência Social e o regime
previdenciário do funcionalismo público (civil e militar) somaram R$ 288,8
bilhões em janeiro, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Souza
Jr. ressaltou que essas despesas são custeadas pelo Tesouro Nacional, gerando
déficit fiscal.
Déficit
Para Souza Jr., o elevado volume leva “os agentes econômicos a adiarem
investimentos”. Segundo a STN, o déficit foi de R$ 123,2
bilhões em 12 meses.
Avaliação semelhante sobre os impactos do déficit fiscal no crescimento
econômico faz Leonardo Mello de Carvalho, técnico de pesquisa e planejamento do
mesmo Ipea. “A aprovação das reformas vai provocar aceleração da atividade
econômica", explicou. “O empresário, para voltar a contratar, tem uma
perspectiva muito sólida de melhora no seu setor e na economia como um todo”,
acrescentou.
Para o técnico, a aprovação da reforma gera “sinalização positiva para o
mercado”. Em caso de revés, há risco de o Brasil "entrar em uma espiral
negativa”.
Segundo Carvalho, há indicadores positivos para maior crescimento do
PIB. “Os fundamentos da economia são bons: inflação rodando abaixo da meta,
política monetária com juros em patamar reduzido e a recuperação do mercado de
trabalho, ainda que tímida, acontecendo.”
De Brasília, Gilberto Costa, repórter da Agência
Brasil, em 01/03/2019, às 07h22
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