Ministro do
Meio Ambiente promove exoneração em massa no Ibama

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonerou 21 superintendentes
regionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
(Ibama). As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União desta
quinta-feira (28).
A maioria dos superintendentes exonerados atuava no Norte e Nordeste.
Seis deles no Norte (Tocantins, Roraima, Rondônia, Amapá, Acre e Amazonas),
nove no Nordeste (Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Paraíba,
Alagoas, Bahia, Ceará e Maranhão), três no Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás e
Distrito Federal), dois no Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo) e um no Sul
(Santa Catarina).
O Ibama tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que
já afirmou em diversas oportunidades a intenção de acabar com uma suposta
“indústria da multa” no órgão.
A Folha de S. Paulo divulgou, na terça-feira (26), o conteúdo de uma
minuta de decreto enviada pelo MMA ao Ibama para análise. O texto propõe criar
um “núcleo de conciliação” com poderes para analisar, mudar o valor e até
anular as multas que são aplicadas pelo Ibama por crimes ambientais cometidos
no território nacional.
Com a minuta, o MMA também propõe extinguir um sistema que hoje permite
a participação de entidades públicas e organizações não governamentais em
projetos de recuperação ambiental.
O núcleo seria composto por “no mínimo dois servidores efetivos”, que
seriam designados através de portaria conjunta do ministro do Meio Ambiente, ou
seja Ricardo Salles, e “do dirigente máximo do órgão ambiental federal”. O novo
presidente do Ibama, Eduardo Bim, já tem se manifestado a favor da
flexibilização das regras de regulação ambiental. Antes de assumir, em dezembro
de 2018, Bim defendeu, por exemplo, o “licenciamento automático para o
agronegócio”.
Por Esmael
Morais – Blog do Esmael, em 01/03/2019, às 07h22
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