STF dá 15
dias para Bolsonaro explicar fake news contra Dilma

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber deu 15 dias de
prazo para que Jair Bolsonaro, “caso queira”, preste esclarecimentos sobre a
declaração que fez afirmando que a presidente deposta Dilma Rousseff teria
participado de ações armadas durante o período da ditadura militar que teriam
resultado na morte do capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Chandler,
suspeito de colaborar com o regime.
A ação atende a um pedido feito pela própria Dilma Rousseff, que acionou
o STF alegando que Bolsonaro teria cometido crime de calúnia, e acontece apenas
uma semana após o STF, por meio do ministro Luís Roberto Barroso também
conceder 15 dias de prazo para que Bolsonaro, “se quiser”, esclareça a
afirmação que fez sobre saber as circunstâncias da morte e desaparecimento de
Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Felipe Santa Cruz. Segundo documentos oficiais, Santa Cruz foi morto após ter
sido preso por agentes da ditadura e m 1974.
Charles Chandler, que era capitão do Exército dos EUA, foi morto em 12
de outubro de 1968, em São Paulo, em um ataque cometido por integrantes da
Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e da Ação Libertadora Nacional (ALN).
Dilma, contudo, ao contrário do insinuado por Bolsonaro nunca integrou estes
grupos de resistência a ditadura.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.
Paulo, na ação, Dilma pede que Bolsonaro esclareça se fazia
referência a ela quando afirmou que “quem até há pouco ocupava o governo teve
em sua história suas mãos manchadas de sangue na luta", se o ex-capitão
sabe quem são as pessoas responsabilizadas pela morte de Charles Chandler e se
ele possui algum documento que indique qualquer acusação formal contra Dilma
sobre fatos que envolvem a morte do norte-americano.
De Brasília
(DF), por Brasil 247, publicado em 05/07/2019, às 16h17
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