Justiça
reverte desmonte do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura

A Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu parte de decreto assinado
pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que exonerou 11 integrantes do Mecanismo
Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MTPCT).
A decisão é da 6ª Vara Federal Cível e foi tomada na última sexta-feira
(9). Onze peritos que visitavam presídios para prevenir a tortura e o
tratamento cruel foram exonerados por Bolsonaro.
O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU)
foram à Justiça contra o decreto. O MPF afirma que a mudança inviabilizaria o
funcionamento do MTPCT.
“Não é difícil concluir a ilegalidade patente do Decreto em tela, uma
vez que a destituição dos peritos só poderia se dar nos casos de condenação
penal transitada em julgado, ou de processo de disciplina”, escreve o juiz
Osair Victor de Oliveira Junior na sentença.
O Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura foi criado por lei em 2013,
cumprindo obrigação imposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). O
protocolo prevê visitas regulares de órgãos nacionais e internacionais aos
locais onde há privação de liberdade.
A lei determina ainda que o grupo é formado por 11 peritos com “notório
conhecimento” e formação de nível superior. Eles são nomeados pelo presidente
da República e têm mandato de três anos, podendo ser reconduzidos ao cargo uma
vez.
As
informações são do G1, Globo, com Blog do Esmael, publicado em 12/08/2019, às 15h20
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