Caixa vai estender pausa
para pagar prestação de imóvel, diz Bolsonaro
Mais de 2,3 milhões de clientes
já solicitaram a pausa ao banco
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro disse
hoje (14) que a Caixa Econômica Federal vai estender por mais um mês a pausa
emergencial para o pagamento de financiamentos habitacionais. Segundo o
presidente, dos 5 milhões de clientes do crédito imobiliário, mais de 2,3
milhões já solicitaram a pausa ao banco.
“As pessoas não têm dinheiro para
pagar a prestação da casa própria”, disse ele, ao deixar o Palácio da Alvorada.
No primeiro momento, como medida de socorro financeiro pelos impactos da pandemia
de covid-19, a Caixa anunciou uma pausa de até dois meses para o pagamento das
prestações, depois prorrogou por mais um mês e agora, segundo Bolsonaro, a
pausa será ampliada para quatro meses.
De acordo com a Caixa, só têm direito
ao benefício os contratos que estão em dia ou com, no máximo, duas prestações
atrasadas. O cliente que tem três ou mais parcelas em atraso deve fazer uma
renegociação com o banco.Para o presidente, entretanto, para
que a medida funcione, é preciso garantir a renda e o emprego dos
trabalhadores. Bolsonaro defende o isolamento social apenas para as pessoas do
grupo de risco da covid-19 e o fim do isolamento para toda a população.
Com a
retomada das atividades e do comércio, segundo ele, haverá demanda para as
indústrias voltarem a produzir e gerar empregos. “Não adianta apenas prorrogar [o
pagamento] se o cidadão que perdeu o emprego, teve salário reduzido, não tem
como pagar a prestação da casa própria. O que está sobrando de dinheiro pra ele
está sendo pra comida”, disse. “O Brasil está quebrando e, depois de quebrar, a
economia não se recupera. Vamos ser fadados a ser um país de miseráveis. Temos
que ter coragem de enfrentar o vírus. Está morrendo gente? Está, lamento. Mas
vai morrer muito mais se a economia continuar sendo destroçada por essas
medidas”, ressaltou.
Autoridades de saúde orientam a
população e os governos a adotar as medidas de isolamento e distanciamento
social como forma de prevenção à disseminação do novo coronavírus. Como ainda
não há vacina nem remédio, comprovado cientificamente, contra a covid-19, a
orientação visa a frear a transmissão do vírus para evitar que os sistemas de
saúde fiquem sobrecarregados e consigam atender a todas as pessoas que venham a
ficar doentes.
Bolsonaro fez um apelo aos governadores
para que revejam a política de fechamento do comércio e disse que está pronto
para conversar. “O Brasil está se tornando um país de pobres. Vai chegar um
ponto que o caos vai se fazer presente aqui. Essa história de lockdown, de fechar
tudo, não é esse o caminho, esse é o caminho do fracasso, de quebrar o Brasil”,
afirmou.
Uma
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