Ciro: Dilma é honrada e
Michel Temer, um desastre
Michel Temer é um desastre
completo!
Assim o ex-ministro da Fazenda à
era Itamar Franco [1992-1994] e da Integração Nacional, nos tempos de Luiz
Inácio Lula da Silva [PT-SP], ex-governador do Estado do Ceará, advogado e
economista Ciro Gomes, ‘ex’ da bela atriz da Rede Globo de televisão Patrícia
Pilar, define os 35 primeiros dias de interinidade do ‘golpista’ Michel Temer
na Presidência da República.
- A crise irá se aprofundar se
não interrompermos esse processo.
O líder do PDT [Partido
Democrático Trabalhista], legenda presidida, hoje, por Carlos Lupi [RJ] e
fundada pelo ‘velho caudilho’ Leonel de Moura Brizola, que comandou a ‘Cadeia
da Legalidade’, em 1961, ao lado de Mauro Borges Teixeira, para garantir a
posse do vice João Belchior Goulart, o Jango, com a renúncia de Jânio Quadros,
ataca a Esplanada dos Ministérios.
- Um itinerário de sandices, de
irracionalidades, que fere, de morte, a jovem democracia do Brasil!
Entrega do Pré-Sal
O dirigente trabalhista
classifica como grave a medida de acabar com a destinação obrigatória de um
porcentual para as áreas de Saúde e Educação. Mais: condena a aplicação de
gordos recursos públicos para o pagamento dos juros da dívida. Gastos que
servem para alimentar o sistema de agiotagem, o mais antissocial dos gastos,
dispara o ‘enfant terrible’ de Pindamonhangaba [SP], radicado no Ceará.
- A entrega do Pré-Sal é um crime
contra as novas gerações do Brasil.
Legalista, Ciro Gomes afirma que
impeachment, sem crime de responsabilidade, é golpe. Um golpe parlamentar,
dispara. A referência é ao impedimento da presidente da República reeleita em
outubro de 2014 com mais de 54 milhões de votos válidos, a economista Dilma
Rousseff, ex-guerrilheira da VAR-Palmares, entre 1969 e 1970.
- Impeachment, sem crime de
responsabilidade, é golpe, sim!
A Vanguarda Armada Revolucionária
– Palmares, organização que adotou a estratégia de luta armada para derrubar a
ditadura civil e militar e construir o socialismo no Brasil e na América
Latina, surgiu, em 1969, após a fusão entre o Colina [Comandos de Libertação
Nacional] e a VPR [Vanguarda Popular Revolucionária], de Onofre Pinto e do
capitão Carlos Lamarca.
|> Continue lendo esta informação, após o merchandising abaixo: >>>
Votação no Senado
Segundo ele, a possibilidade
política de vitória das esquerdas no Senado da República, na votação de agosto,
é uma probabilidade pequena. “Mas nós devemos lutar para que isso ocorra”,
atira. O ex-ministro faz coro às manifestações de rua da ‘Frente Brasil
Popular’, integrada pela CUT e CTB, por exemplo, e a ‘Frente do Povo Sem Medo’,
do MTST.
- Dilma Rousseff é uma pessoa
honrada e é a fiadora da democracia.
Quem duvidar de que o impedimento
de Dilma Rousseff trata-se de um golpe, veja a história de 1964, explica o
economista. Em 1º de abril de 1964, o Renan Calheiros, presidente do Congresso
Nacional à época, Auro Moura Andrade, declarou vaga a presidência da República
com João Belchior Goulart ainda no exercício do mandato no País, recorda-se,
indignado.
- Auro de Moura Andrade alegou
que Jango havia se evadido do território nacional, o que serviu de base para
novos desdobramentos.
Golpe de Estado
O que ocorreu?, pergunta Ciro
Gomes. Deram posse, então, ao Eduardo Cunha daqueles tempos, Raniére Mazzilli,
presidente da Câmara dos Deputados, que convocou eleição indireta, para
referendar o nome de Humberto Castello Branco, general, como o primeiro
presidente da ditadura civil e militar, observa ele. Houve um golpe, em 1964,
fuzila. Em 2016, também!, metralha.
- Existem identidades, sim, entre
Honduras, 2009, Paraguai, 2012, e Brasil, 2016.
Não custa lembrar: nacionalista,
Manuel Zelaya, em Honduras, no turbulento ano de 2009, foi deposto em um golpe
supostamente constitucional. Já o presidente legítimo do Paraguai, em 2012,
cristão progressista, Fernando Lugo, que havia acabado com a hegemonia de
décadas & décadas de uma oligarquia corrupta, foi afastado do poder em
apenas 48 horas. Sem direito à defesa.
- Impeachment, sem crime de
responsabilidade, é golpe, sim!
|> Siga lendo esta matéria, após a publicidade abaixo: >>>
Democracia em jogo
Ele admite que a gestão de Dilma
Rousseff possuía baixa aprovação popular. Mas, não se trata disso, a questão é
a defesa da democracia, explica. Qualquer brasileiro que tenha queixas do
Governo Dilma Rousseff está coberto de razões, analisa. Um governo,
generalizadamente, indefensável, insiste. Apesar disso, ela é uma pessoa
honrada, completa.
- É a fiadora da democracia.
Não é interrompendo um governo
eleito de forma legítima, devido a um desempenho ruim, que se construirá uma
democracia saudável, pontua. Ciro Gomes desconversa sobre a sua eventual
candidatura à Presidência da República nas eleições de 2018. É o partido [PDT]
que irá decidir, sublinha. Sob os olhares de Carlos Lupi, presidente nacional
da sigla trabalhista.
- O partido é que irá decidir. O
partido é que irá decidir...
PDT em Goiás
Pragmático, ele também não quer
entrar no conflito interno do PDT em Goiás. A deputada federal Flávia Morais e
o ex-prefeito de Trindade e ex-deputado estadual George Morais, seu marido,
perderam o controle da legenda. Flávia Morais desrespeitou a orientação
nacional e votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, na Câmara dos
Deputados, em Brasília [DF].
- Carlos Lupi é quem fala sobre
esse assunto...
O economista e advogado Ciro
Gomes faz ainda uma análise sociológica. Segundo o pré-candidato do PDT ao
Palácio do Planalto, Goiás é um Estado que integra a Região Centro-Oeste, mas
carrega o Brasil nas costas, e que, apesar disso, é discriminado. Ele estava
acompanhado de Carlos Lupi, da deputada federal Flávia Morais e do vereador do
PDT em Goiânia, Paulinho Graus.
De Brasília, Renato Dias, especialmente para Brasil 247, em 26/06/2016
(O sabor natural da uva)
Nenhum comentário:
Postar um comentário