Indicador de
emprego da FGV chega a 103,9 pontos, maior nível da série histórica
O mercado de trabalho continua avançando e
sinalizando evolução favorável no curto prazo. A constatação é do Instituto
Brasileiro de Economia de Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou hoje
(7) o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp).
De acordo com a FGV, o indicador subiu 1 ponto de
outubro para novembro, chegando a 103,9 pontos, o maior nível da série iniciada
em junho de 2008. “Esta é a terceira alta consecutiva do indicador e sinaliza
continuidade da tendência de evolução favorável do mercado de trabalho no curto
prazo”, segundo a publicação.
Para o economista do Ibre/FGV, Fernando de Holanda
Barbosa, “a elevação do Indicador Antecedente de Emprego, em novembro, vem na
linha da expectativa de melhora do crescimento da economia brasileira em 2018”.
De acordo com Barbosa, o crescimento ainda é fraco em 2017, “mas as
expectativas para 2018 são positivas”.
Indicador Coincidente de Desemprego
O levantamento da FGV indica que, após duas quedas
consecutivas, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou em outubro,
variando 1,5 ponto, para 98,6 pontos. O economista da FGV lembra que o
indicador ficou relativamente estável ao longo dos últimos meses e que os
consumidores ainda enfrentam um mercado de trabalho bastante complicado.
“O nível elevado do índice [de desemprego] mostra
que os consumidores, mesmo após alguma queda da taxa de desemprego e da geração
de novos postos de trabalho dos últimos meses, ainda enfrentam um mercado de
trabalho bastante complicado. Apesar da melhora do mercado de trabalho, deve-se
esperar uma taxa de desemprego ainda elevada nos próximos meses”, disse
Barbosa.
Segundo a publicação da FGV, o avanço do Indicador
Antecedente de Emprego em novembro ocorreu em três dos sete indicadores que o
compõem, com destaque para os que medem o ímpeto de contratações nos três meses
seguintes, na Sondagem da Indústria de Transformação e, também, na expectativa
com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes, da
Sondagem do Consumidor - com variações de 9,8 e 8 pontos, na margem,
respectivamente.
As classes de renda que mais contribuíram para a
alta do ICD foram as duas mais baixas: consumidores com renda familiar até R$
2,1 mil, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 3,5 pontos; e a faixa
entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8, com avanço de 3,1 pontos.
De Rio de Janeiro, Nielmar
de Oliveira – Repórter da Agência Brasil, 07/12/2017 10h34
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