quarta-feira, 30 de maio de 2018

Ciência - Na Praça da Luz

Sobral se reúne na Praça do Patrocínio para abertura do “Ano Municipal das Ciências”
  
Foi instituído, por meio de decreto municipal, o “Ano Municipal das Ciências”, na noite desta terça-feira (29/05), durante solenidade realizada na Praça do Patrocínio. Este ano, além de comemorar os 100 anos da comprovação da Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, em Sobral, pretende estimular nas pessoas a curiosidade pelas Ciências, transformando as áreas em entretenimento, através de palestras, simpósios e exposições, entre tantos outros eventos a serem realizados até o dia 29 de maio de 2019.
Para o prefeito Ivo Gomes, um dos objetivos é fazer com que as pessoas entendam o fenômeno “eclipse” e como a teoria pode ser vista de maneira prática na vida cotidiana. “Nós estamos decretando esse ano municipal com dois objetivos: para que as novas gerações de Sobral possam saber mais da sua própria história, do que aconteceu há um século atrás. É muito importante que as novas gerações se apropriem disso e passem isso para as gerações futuras. E também, fazer com que a Ciência, seja ela na manifestação que for, na Física, na Biologia, na Química, na Astronomia, até mesmo na Matemática, que ela também faça sentido na vida de todos nós. Isso se chama popularizar a Ciência. Fazer com que ela seja compreendida pelas pessoas no seu dia a dia”, disse o prefeito.
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Na programação do evento desta terça-feira, foi aberta à população a exposição “Centenário do Eclipse de Sobral”, encenada a peça “A natureza da luz” (do grupo Seara da Ciência UFC) e reaberto o Planetário de Sobral. Na ocasião, Ivo Gomes aproveitou para reforçar que a reforma do Museu do Eclipse não irá se resumir apenas a questões estruturais. “Estamos licitando uma grande reforma, como apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, e também, preparando para receber um novo acervo de Ciências, para introduzir a nossa meninada, a nossa garotada, nessa área”, disse ele.
Resultado de imagem para Foto do presidente da SBPC, Ildeu Moreira
O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, falou sobre a importância do evento de comemoração pela descoberta de Einstein, desconhecido antes do eclipse solar de 1919. “Ele era completamente desconhecido fora da Alemanha, nos meios acadêmicos, e depois da divulgação disso, ele passou a ser conhecido mundialmente e passou a ser o cientista mais conhecido de todos os tempos. O homem do século XX foi Albert Einstein, de acordo com a Revista Times. E aí a importância dele é enorme na Ciência e no pensamento humano. E a origem dessa fama do Einstein saiu a partir dessas observações que foram feitas aqui há 99 anos atrás”, pontuou Ildeu.
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O evento, que já vinha sendo organizado há três meses pela Prefeitura de Sobral, em parceria com arquitetos, cientistas, Instituições de Ensino e demais entidades, contou com a participação da vice-governadora do Estado do Ceará, Izolda Cela, e dos secretários municipais Herbert Lima, da Educação; Marília Ferreira Lima, do Urbanismo e Meio Ambiente; e Igor Bezerra, da Cultura, Juventude, Esporte e Lazer. Estiveram presentes ainda Eliano Vieira Pessoa, diretor do Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Sobral; Mairton Cavalcante Pompeu, astrofísico do IFCE; Ênio Pontes, presidente da Associação dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (ADUFC); Marco Antônio Toledo, da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Campus Sobral; e Cláudia Linhares Sales, secretária regional da SBPC. 
Com informações do Site da Prefeitura de Sobral, em 30/05/2018.

Gasolina vai subir

Temer não consegue se impor a Parente, que aumenta a gasolina
 : <p>Michel Temer e Pedro Parente </p>
No mesmo dia em que Pedro Parente desafia o País e aumenta novamente o preço da gasolina, e que os petroleiros paralisam atividades em todo o País, o governo de Michel Temer anunciou nesta quarta-feira, 30, que irá manter a política de reajustes de preços na Petrobras.
"As medidas anunciadas pelo governo para garantir a previsibilidade do preço do óleo diesel, que teve seu valor reduzido ao consumidor, preservaram, como continuaremos a preservar, a política de preços da Petrobras", disse o Planalto.
Leia texto sobre o assunto:
BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente Michel Temer tem compromisso com a saúde financeira da Petrobras e continuará preservando a política de preços da estatal, afirmou em nota nesta quarta-feira o Palácio do Planalto.
A nota foi divulgada após o presidente Michel Temer declarar na véspera, em entrevista à TV Brasil, que pode reexaminar a política de preços da Petrobras (PETR4.SA).
Em comunicado, o Planalto também afirmou que a empresa foi recuperada de grave crise nos últimos dois anos pela gestão Pedro Parente, em sinal de apoio ao presidente-executivo.
"As medidas anunciadas pelo governo para garantir a previsibilidade do preço do óleo diesel, que teve seu valor reduzido ao consumidor, preservaram, como continuaremos a preservar, a política de preços da Petrobras", disse o Planalto.
De Brasília, Brasil 247, em 30/05/2018, às 11h52
Campanha Educação no Trânsito do:
 

Economia II

PIB cresce 0,4% no primeiro trimestre de 2018, diz IBGE
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O crescimento em relação ao final do ano passado foi o quinto resultado
positivo consecutivo (Imagem Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve alta de 0,4% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o último trimestre de 2017. O indicador foi divulgado na manhã de hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mede a soma das riquezas produzidas no país em janeiro, fevereiro e março.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia brasileira também cresceu nos meses pesquisados, com uma variação de 1,2%. 
Em valores correntes, o Produto Interno Bruto brasileiro somou R$ 1,641 trilhão no primeiro trimestre de 2018.
 
O crescimento em relação ao final do ano passado foi o quinto resultado positivo consecutivo. O setor da economia que mais avançou foi a agropecuária, com uma alta de 1,4%. A indústria e o setor de serviços ficaram perto da estabilidade, com variação positiva de 0,1%.
A indústria de transformação recuou 0,4% e a indústria da construção, 0,6%. As atividades industriais ligadas à eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana, cresceram 2,1%.
No setor de serviços, tiveram expansão o comércio (0,2%), os serviços de transporte, armazenagem e correios (0,7%) e as atividades imobiliárias (0,5%). Os serviços de informação caíram 1,2% e os de intermediação financeira e seguro, 0,1%. Apesar de ter crescido frente ao fim de 2017, a agropecuária caiu 2,6% se comparada com os meses de janeiro, fevereiro e março do ano passado. A indústria cresceu 1,6% nessa base de comparação e os serviços, 1,5%.
Consumo e investimentos
Pela ótica da despesa, o primeiro trimestre deste ano teve alta no consumo das famílias (0,5%) e na formação bruta de capital fixo (0,6%), que mede os investimentos. O consumo do governo caiu 0,4%.
Se comparado com os mesmos meses de 2017, o consumo das famílias aumentou 2,8% no primeiro trimestre de 2018, e os investimentos registraram elevação de 3,5%. As despesas do governo caíram 0,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A taxa de investimento cresceu em relação ao mesmo período de 2017 e chegou a 16% do PIB, contra 15,5% nos mesmos meses do ano passado. A taxa de poupança também aumentou, de 15,8% para 16,3%.
A poupança bruta atingiu R$ 266,8 bilhões, acima dos R$ 250,3 bilhões que somava no mesmo período do ano passado.
(Clic na imagem, paa ampliá-la)
Comércio Exterior
As exportações brasileiras de bens e serviços cresceram 1,3% na comparação com os três últimos meses de 2017. As importações tiveram alta de 2,5%.
O IBGE também informou que, na comparação com os primeiros três meses do ano passado, as exportações subiram 6%, enquanto as importações tiveram uma expansão ainda maior, de 7,7%.
Do Rio de Janeiro, Vinícius Lisboa, repórter da Agência Brasil. Publicado em 30/05/2018, às 09h06

Por descumprir decisão judicial

Operador do PSDB, Paulo Preto é preso novamente
Geraldo Magela/ Agência Senado: <p>paulo preto</p>
O engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa e apontado como operador do PSDB em campanhas eleitorais, voltou a ser preso nesta quarta-feira, 30, após descumprir decisão judicial.
Suspeito de participar de desvio de recursos públicos durante obras do governo do PSDB no estado de São Paulo entre os anos de 2009 e 2011, durante os governos de José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, Paulo Preto havia sido solto no último dia (11) após ter habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Depois que foi nomeado diretor do Dersa (empresa responsável por obras rodoviárias de São Paulo) pelo então governador de São Paulo José Serra, em 24 de maio de 2007, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, abriu quatro contas no banco Bordier & Cie, em Genebra, segundo consta em documento enviado ao Brasil pelas autoridades suíças. Entre os anos de 2007 e 2009 – governo Serra – essas contas receberam “numerosas entradas de fundos”.
“As quatro contas tinham um saldo de US$ 34,4 milhões quando Souza, conhecido como Paulo Preto, decidiu transferir os recursos da Suíça para as Bahamas, no começo de 2017. 
Na Suíça, o ex-diretor da Dersa já estava sob investigação das autoridades que cuidam do combate à lavagem de dinheiro e corria o risco de ter os R$ 121 milhões sequestrados pelas autoridades. Souza foi preso em 6 de abril pela Operação Lava Jato em São Paulo, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões na obra do Rodoanel Sul, o que seus advogados negam.”
De São Paulo (SP), São Paulo 247, em 30/05/2018, às 08h11

Saúde - Sobral

Secretaria da Saúde realiza capacitação sobre Notificação Compulsória
 
Na manhã de segunda-feira (28/05), a Secretaria da Saúde de Sobral, por meio da Célula de Vigilância à Saúde (Vigilância Epidemiológica), realizou uma capacitação sobre Notificação Compulsória para os profissionais de saúde do Serviço Social do Transporte (SEST), da Unidade C 116, que tem se firmado como colaboradora no desenvolvimento do setor de transporte do país.
A capacitação teve como objetivo alinhar os procedimentos necessários para a realização das notificações, além de apresentar o fluxo, a periodicidade e os instrumentos utilizados para a realização do processo.
A notificação compulsória consiste na comunicação de certas doenças, agravos ou eventos, sejam suspeitos ou confirmados, às autoridades sanitárias pertinentes. Esses dados ajudam no monitoramento dessas ameaças à saúde e permitem detectar possíveis surtos para que sejam controlados ainda em seus estágios iniciais.
Com informações contidas no Site da Prefeitura de Sobral, 30/05/2018

Operação Registro Espúrio

PF cumpre mandados em gabinetes de 3 deputados federais
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O Ministério Público Federal e Polícia Federal estão cumprindo hoje (30), em Brasília, na Câmara dos Deputados, mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos deputados Paulinho da Força (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB). Todos são investigados por fraudes no sistema de registro sindical.
De acordo com a PF, a ação representa a fase ostensiva da Operação Registro Espúrio, e foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.
As investigações já duram cerca de um ano, e revelam um “amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares”, informou a PF por meio de nota.
Segundo o Ministério Público Federal, sedes nacionais de dois partidos políticos e de centrais sindicais também são alvos da operação. Também por meio de nota, o MPF informa terem sido ordenadas “medidas cautelares diversas à prisão” contra os parlamentares.
Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi identificada pela Polícia Federal a existência de um esquema criminoso estruturado em cinco núcleos de atuação: administrativo, político, sindical, captador e financeiro.
 
Fraudes
Na petição enviada ao STF, Dodge menciona, como exemplo das fraudes, pagamentos que envolviam valores que chegaram a R$ 4 milhões pela liberação de um único registro sindical.
A nota divulgada pelo MPF hoje informa que, desde 2017, parte do grupo criminoso responde a uma ação por improbidade administrativa em andamento na Justiça Federal, em Brasília.
Cerca de 320 policiais federais estão cumprindo 64 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de prisão temporária, além de outras medidas cautelares.
Os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
De Brasília, Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil. Publicado em 30/05/2018, às 08h18

Economia

Incerteza da economia cresce 1,8 ponto de abril para maio
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O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cresceu 1,8 ponto entre abril e maio de 2018, para 115 pontos. O indicador tem uma escala de 0 a 200 pontos, em que resultados acima de 110 pontos indicam incerteza elevada na situação econômica.
Segundo a FGV, o aumento da incerteza tem várias razões, entre elas o aumento do preço do petróleo, as tensões comerciais entre os Estados Unidos (EUA) e a China, a expectativa de aumento da inflação, os juros americanos e a proximidade das eleições presidenciais brasileiras.
A alta foi puxada por dois dos três componentes. O maior crescimento foi observado no componente Mercado, calculado com base na volatilidade do mercado acionário, medido pelo Ibovespa, que subiu 6,7 pontos.
O componente Expectativa, construído a partir das dispersões das previsões de especialistas para a taxa de câmbio e para a inflação oficial (IPCA), cresceu 3,9 pontos.
O componente Mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online, manteve a mesma pontuação em relação a maio.
Rio de Janeiro Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil. Publicado em 30/05/2018, às 08h21

Bolsonaro - Um despreparado

A crise dos caminhoneiros revela um Bolsonaro oportunista e despreparado
Deputado federal, Jair Bolsonaro (Foto: Paulo Lopes/Futura Press)
A crise deflagrada pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil serviu para deixar claro que o deputado federal Jair Bolsonaro, o candidato do PSL à Presidência da República, é um líder despreparado, o que o torna ainda mais perigoso para a democracia brasileira.
Bolsonaro é, antes de tudo, um sintoma de dois anseios da sociedade. Por um lado, ele personifica o que muitos acreditam ser a solução para o problema da corrupção exposto em praça pública pela Operação Lava Jato – seria o homem capaz de “moralizar” a política.
Escapa a essa turma a noção de que o problema de corrupção no Brasil está muito mais relacionado a questões sistêmicas do que a escolhas individuais dos próprios políticos. Qualquer presidente eleito só vai governar se formar uma base aliada a partir de negociações com centenas de parlamentares de cerca de 25 partidos. Aí está o principal mecanismo a colocar a corrupção em marcha.
Escapa também ao julgamento desse pessoal que Bolsonaro sempre esteve à margem desse processo de alianças porque, ao contrário da maioria de seus colegas parlamentares, tem uma base eleitoral do tipo ideológica e era até aqui praticamente o único representante dos militares no Congresso.
Graças à propagação de suas ideias e à exclusividade como candidato da “família militar”, Bolsonaro conseguiu seis mandatos consecutivos sem precisar, por exemplo, vender votos para Eduardo Cunha para obter verba de campanha no pleito seguinte. Acreditar que a suposta incorruptibilidade de Bolsonaro proporcionará uma formação de alianças menos corrupta não é uma opção racional, é fé.
Por outro lado, Bolsonaro personifica a imagem do político linha-dura que poderá resolver o problema da violência no Brasil, o campeão mundial de homicídios. Aqui, a turma de apoiadores do deputado usa o mesmo tipo de “lógica” utilizada na questão da corrupção. Acredita-se que há soluções rápidas para a segurança pública que uma única pessoa ou carreira (no caso, os militares), pode promover. Ocorre que as soluções para a segurança são, em larga medida, contra-intuitivas.
Vejamos o caso da “guerra às drogas” no México, que tem paralelos com a intervenção federal decretada por Michel Temer no Rio de Janeiro. O governo mexicano envolveu os militares no combate ao narcotráfico em dezembro de 2006. Naquele momento, havia quatro grandes cartéis no país. Hoje há oito e mais 40 cartéis menores. A violência explodiu e 2017 foi o ano mais violento da história do México.
Bolsonaro foi contra a intervenção, não apenas porque, naquele momento, Temer, tentava roubar-lhe a pauta da segurança. Bolsonaro lamentava que, no Brasil, os militares não poderiam atirar contra suspeitos, como ocorria no Haiti, então a intervenção não daria certo. Ou seja, Bolsonaro queria mais força, justamente o que não funciona na segurança pública, que exige inteligência e engajamento com a sociedade.
O eleitor de Bolsonaro, assim, tem pressa, e quer soluções rápidas, para problemas complexos como a corrupção e a segurança. Ele odeia políticos, a política, mas quer alguém para aplacar seus anseios – um salvador da pátria.
A paralisação dos caminhoneiros tem paralelos com esse tipo de pensamento. O movimento teve início com uma pauta específica, mas ganhou a adesão de causas difusas. Como mostrou reportagem de Marina Rossi e André de Oliveira no jornal El País, há muita solidariedade aos motoristas, apesar dos indícios de que se trata ao menos parcialmente de um locaute (“greve” dos patrões), de que o Tesouro (e o cidadão, portanto) pagará a conta da demanda dos caminhoneiros, do desabastecimento e do negativo impacto econômico que o movimento legará ao país.
Alguns apoiam por ter pautas análogas e tão legítimas quanto a inicial dos caminhoneiros. Se estes protestaram por conta do preço do diesel, é fácil perceber a insatisfação diante dos valores da gasolina ou do botijão de gás, itens essenciais para segmentos significativos da população.
Outros apoiam porque a paralisação é um recado à classe política e ao governo Temer, visto como ilegítimo. É preciso lembrar que um dos grandes pontos deficitários da democracia brasileira são os impedimentos à participação popular nos rumos do país. O voto, sozinho, não serve para a população ser ouvida. Assim, muitos toleram os transtornos causados pela paralisação em nome do recado enviado aos políticos.
E o que fez Bolsonaro neste cenário? Preferiu jogar gasolina na fogueira e aderiu ao movimento. Fez diversas manifestações de apoio à paralisação e, na manhã de domingo, disse que revogaria qualquer multa, prisão ou confisco imposto aos caminhoneiros. Bolsonaro apostou no caos para, como escreveu Celso Rocha de Barros na Folha de S.Paulo, produzir desordem agora e vender ordem nas eleições de outubro. Em outras palavras, o candidato “patriótico” colocou sua candidatura à frente de qualquer outro interesse.
É óbvio que a classe política é de péssima qualidade e que o governo Temer é ilegítimo, mas como devastar a economia seria uma boa forma de resolver isso? A postura de Bolsonaro neste episódio revela seu total despreparo para liderar um país. Age como um arrivista, um aventureiro sem visão.
Nesta terça-feira, Bolsonaro fez uma inflexão e passou a dizer que o movimento está indo longe demais. “A paralisação precisa acabar, não interessa a mim, ao Brasil, o caos”, afirmou à Folha.
Curiosamente, mesmo ao adotar uma postura mais racional, o candidato demonstra seu despreparo, o que o torna ainda mais perigoso para a democracia. Bolsonaro mudou de posição em consonância com a fala pública do general da reserva Antônio Hamilton Martins Mourão, notório por defender um golpe de Estado quando ainda estava na ativa.
Mourão, que presidirá o Clube Militar e pretende ser uma espécie de patrono dos mais de 70 candidatos militares a apoiar Bolsonaro em outubro – se não resolver entrar na disputa ele próprio – criticou na noite de segunda-feira o movimento dos caminhoneiros e afirmou ser preciso garantir os serviços essenciais e evitar a instalação de uma situação caótica.
Trata-se, evidente, de um movimento coordenado no grupo bolsonarista. A jornalista Joice Hasselmann, conselheira de Bolsonaro e apontada até como sua vice, também mudou de postura nas últimas horas. Só não se sabe quem manda, se é Bolsonaro ou Mourão.
Despreparado para liderar e mal-assessorado, Bolsonaro tem sua popularidade calcada na ignorância geral de muitos a respeito das complexidades dos problemas do país. Ao mesmo tempo, o principal grupo político que o rodeia é o dos militares linha-dura que desejam retomar o controle do país. A ascensão de Bolsonaro necessariamente implicará em mais autoritarismo. Com ele, o futuro do Brasil é aterrador.
Por José Antonio Lima, Yahoo Notícias, em 30/05/2018

Manifesto

Manifesto internacional pede a liberdade de Lula
 :
Trezentos acadêmicos e intelectuais acabam de lançar um manifesto intitulado "Lula da Silva é um prisioneiro político. Lula Livre!", denunciando a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A petição discute em detalhe a natureza arbitrária do processo conduzido pelo juiz federal Sérgio Moro contra Lula, afirmando que ele é nada menos do que um prisioneiro político. O documento declara que a comunidade internacional deve trata-lo como tal e demanda sua imediata libertação. O manifesto é assinado por juristas, intelectuais e acadêmicos de grande peso, como Tariq Ali, Noam Chomsky, Angela Davis, Leonardo Padura, Thomas Piketty, Boaventura de Sousa Santos, Slavoj Žižek, Karl Klare e Friedrich Müller.
O manifesto é apoiado por acadêmicos e intelectuais de todo o mundo, mas principalmente dos EUA e da Europa. Ele será traduzido para outras línguas e está aberto para apoio acadêmico adicional no site https://chn.ge/2kpoxzi.
A petição declara que "os abusos do poder judiciário contra Lula da Silva configuram uma perseguição política mal disfarçada sob manto legal. Lula da Silva é um preso político. Sua detenção mancha a democracia brasileira. Os defensores da democracia e da justiça social no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul do globo, devem se unir a um movimento mundial para exigir a libertação de Lula da Silva."
O manifesto é endossado por juristas mundialmente famosos, tais como Karl Klare, Friedrich Müller, António José Avelãs Nunes e Jonathan Simon. Eminentes pesquisadores do poder e da perseguição judicial (Lawfare), como John Comaroff, Eve Darian-Smith, Tamar Herzog e Elizabeth Mertz, também são apoiadores.
Adicionalmente, a petição é subscrita por intelectuais de renome global como Tariq Ali, Robert Brenner, Wendy Brown, Noam Chomsky, Angela Davis, Axel Honneth, Fredric R. Jameson, Leonardo Padura, Carole Pateman, Thomas Piketty, Boaventura de Sousa Santos e Slavoj Žižek.
Sociólogos proeminentes como Fred Block, Mark Blyth, Michael Burawoy, Peter Evans, Neil Fligstein, Marion Fourcade, Frances Fox Piven, Michael Heinrich, Michael Löwy, Laura Nader, Erik Olin Wright, Dylan Riley, Ananya Roy, Wolfgang Streeck, Göran Therborn, Michael J. Watts e Suzi Weissman também assinaram o manifesto.
O documento é apoiado por especialistas reconhecidos e diretores de centros de pesquisa em Estudos Latino-Americanos como Alex Borucki, Aviva Chomsky, Brodwyn Fischer, Barbara Fritz, James N. Green, Victoria Langland, Mara Loveman, Carlos Marichal, Teresa A. Meade, Tianna Paschel, Erika Robb Larkins, Aaron Schneider, Stanley J. Stein e Barbara Weinstein.
Ademais, é endossado por economistas globalmente reconhecidos como Dean Baker, Ha-Joon Chang, Giovanni Dosi, Gérard Duménil, Gary Dymski, Geoffrey Hodgson, Costas Lapavitsas, Marc Lavoie, Thomas Palley, Robert Pollin, Pierre Salama, Guy Standing, Robert H. Wade e Mark Weisbrot.
De Brasília, Brasil 247, em 30/05/2018, às 05h59

terça-feira, 29 de maio de 2018

Ponto de Vista

Temer não tem como continuar
 Alex Solnik
Por Alex Solnik (*)
Está ficando claro que ninguém aguenta mais o Temer. Nem os caminhoneiros, nem seus aliados, nem a turma do STF, nem o mercado, nem a turma do Pato Amarelo, nem a esquerda, nem a direita, nem a imprensa golpista, nem a população em geral. Noventa e cinco por cento desaprovam a forma como ele conduziu a greve e que não consegue debelar.
Forma-se o consenso, da população a todas as esferas de poder político e econômico de que é preciso removê-lo. Resta saber como.
Não tenho dúvida de que a sua retirada do Planalto já é assunto de debates. O caminho constitucional seria a chefe do PGR apresentar a terceira denúncia contra ele e o Congresso aprová-la.
Mas há outras formas de ele sair. O fato é que ele não tem mais como continuar.
Em outras situações de impasse como esse recorreu-se aos militares e aos religiosos.
Em 1930, quando Washington Luís se recusava a sair do palácio mesmo cercado pelas tropas de Getúlio, aclamadas pelos cariocas que não aguentavam mais o "barbado", a maior autoridade religiosa do país, o cardeal Mota foi escalado para demovê-lo, no que foi bem-sucedido.
O presidente deixou o palácio na companhia do cardeal, rumo ao forte de Copacabana, onde ficou preso por seis meses.
Em 1946, pressionados pelo governo americano, os generais instaram Getúlio a se retirar do poder, sem alarde, porque, como alegavam, os tempos eram outros, a ditadura saíra de moda.
(*) – Lex Solnik é jornalista. Já atuou em vários jornais e revista do Brasil, e escritor, autor de várias obras. Publicado em Brasil 247, em 29/05/2018
Campanha Educação no Trânsito do: 

Economia

Taxa de desemprego fica em 12,9% no trimestre encerrado em abril
Carteira de trabalho
Desempregados são 13,4 milhões em todo o país (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril deste ano. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.
Segundo o IBGE, no trimestre encerrado em janeiro, a taxa havia ficado em 12,2%. Em abril de 2017, ela foi de 13,6%.
O contingente de desempregados, isto é, pessoas que procuram emprego e não conseguem, chegou a 13,4 milhões no trimestre encerrado em abril deste ano. Isto representa um aumento de 5,7% em relação aos 12,7 milhões de desocupados registrados no trimestre encerrado em janeiro.
Na comparação com abril de 2017, no entanto, houve uma queda de 4,5% na massa de desempregados, já que naquele período havia 14 milhões de desocupados no país.
A população ocupada chegou a 90,7 milhões no trimestre encerrado em abril deste ano, 1,1% menor do que no trimestre encerrado em janeiro (91,7 milhões), mas 1,7% acima do trimestre encerrado em abril do ano passado (89,2 milhões).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada, que ficou em 32,7 milhões, apresentou queda de 1,7% em ambas comparações temporais. Já os trabalhadores sem carteira (10,9 milhões de pessoas) mantiveram-se estáveis em relação a janeiro, mas cresceram 6,3% em relação a abril do ano passado.
Os trabalhadores por conta própria (23 milhões de pessoas) também mostraram o mesmo comportamento: permaneceram estáveis em relação a janeiro e cresceram 3,4% na comparação com abril do ano passado.
 
Quedas em três setores da economia
Nenhum dos dez grupamentos de atividades pesquisadas teve aumento na população ocupada de janeiro para abril. Foram observadas quedas nos segmentos da Construção (-2,7%), Serviços Domésticos (-2,7%) e Comércio (-2,5%). Os demais setores ficaram estáveis.
Na comparação com abril do ano passado, houve geração de postos de trabalho apenas nos segmentos de Outros Serviços (9,1%) e Administração Pública (3,8%).
O rendimento médio real habitual ficou em R$ 2.182 no trimestre encerrado em abril deste ano, relativamente estável em relação a janeiro deste ano e a abril do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 193 bilhões) também ficou estável em ambas comparações temporais.
Do Rio de Janeiro, Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil, em 29/05/2018, às 09h54

Educação

Balanço de inscritos no Enem será divulgado hoje
 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, divulga hoje (29) o balanço de inscritos e de candidatos confirmados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Até a semana passada, quando acabou o prazo de inscrições, mais de 6 milhões haviam se inscrito.
As provas serão realizadas nos dias 4 e 11 de novembro. Os resultados serão divulgados em janeiro.
Mesmo os candidatos que pediram isenção da taxa do Enem, no valor de R$ 82, tiveram de fazer a inscrição para a prova.
Além de avaliar o desempenho dos estudantes de escolas públicas e particulares do ensino médio, o Enem é uma ferramenta que ajuda na seleção de candidatos a ingressar no ensino superior e a ter acesso a programas do governo federal como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados do Enem podem ser usados também por 34 Instituições de Educação Superior (IES) portuguesas.
De Brasília, Agência Brasil. Publicado em 29/05/2018, às 06h31

STF - Pontos polêmicos em discussão

Novo golpe: Cármen Lúcia vai colocar parlamentarismo em votação
Wilson Dias/Agência Brasil: <p>Brasília - A nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e o presidente Michel Temer durante a cerimônia de posse (Wilson Dias/Agência Brasil)</p>
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, agendou para o mês que vem uma ação que questiona se é possível migrar do sistema presidencialista para o parlamentarismo por meio de emenda à Constituição. Lúcia está a dois meses de encerrar o seu mandato como presidente do Supremo.
“(...) Outro processo discute a legalidade do voto impresso. A Corte também deve discutir a criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais e dois pontos polêmicos da reforma trabalhista: a contribuição sindical e o contrato intermitente. Em julho o tribunal estará em recesso. Depois, só restará a Cármen Lúcia o mês de agosto e parte de setembro no comando da Corte. Em meados de setembro, ela passará o bastão para o colega Dias Toffoli. Para aproveitar melhor seus últimos meses na presidência do STF, a ministra resolveu marcar três sessões extraordinárias de julgamento durante o mês de junho. Elas serão realizadas nas quartas-feiras pela manhã.
A ação sobre o parlamentarismo chegou ao tribunal em 1997, proposta pelo então deputado Jaques Wagner. Depois de 21 anos, o tema deve ser finalmente enfrentado pelo plenário da mais alta corte do país. O julgamento deve ocorrer no dia 20 de junho. No dia 6 de junho, o plenário deve definir a criação dos novos TRFs. Em 2013, uma emenda constitucional autorizou a criação das novas cortes. No mesmo ano, o então presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, deu liminar suspendendo a medida. Na decisão, o ex-ministro alegou que o Executivo gastaria recursos públicos em excesso para colocar a mudança em prática. Leia mas aqui.
De Brasília, Brasil 247, em 29/05/2018, às 05h47

Ciro Gomes no Roda Viva:

"Temer é golpista e Pedro Parente, uma fraude"
REUTERS/Nacho Doce: <p>Pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, discursa em evento com sindicalistas em São Paulo 27/04/2018 REUTERS/Nacho Doce</p>
Ontem, no programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo, o pré-candidato a presidência da república Ciro Gomes atirou para todos os lados: Chamou Temer de escroque usurpador e denunciou a política fraudulenta de preços da Petrobrás. Ciro verbalizou ali o clima de indignação que tomou o país nos últimos meses.
 “O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), em entrevista concedida na noite desta segunda-feira (28) a jornalistas da bancada do “Roda Viva”, da TV Cultura, fez duras críticas à política de preços da Petrobras, que culminou na alta do diesel e teve como consequência a paralisação dos caminhoneiros. “Pedro Parente, para servir aos interesses estrangeiros, pratica uma política fraudulenta de preços na Petrobras”, afirmou, classificando ainda a política de preços alinhada ao preço do barril de petróleo no mercado internacional como “criminosa”.
Entre uma pergunta e outra, o ex-ministro chamou o governo de Michel Temer de “golpista” e criticou o tipo de relação que o Brasil mantém atualmente com o mercado financeiro. “O mercado, essa entidade fantasmagórica, atribuiu um poder a si próprio de tutelar a democracia. Eu não aceito isso”, disparou. Leia mais aqui.
De São Paulo (SP), São Paulo 247, em 29/05/2018, às 05h59

Política - Local

TRE mantém mandato de Ivo Gomes – 6 X O
 
Por um placar a 6 X 0, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral manteve, nessa noite de segunda-feira, o mandato do prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT). Eleito com quase 13 mil votos de diferença, Ivo foi acusado pela oposição de compra de votos.
Os seis magistrados que compõem o pleno acompanharam o voto do relator, juiz Alcides Saldanha, que recebeu da Corregedoria do TRE provas de que o acusador de Ivo Gomes é eleitor do município do Icó e foragido da Polícia.
Ivo Gomes, aguardado nas próximas horas dos EUA, onde tratou de assuntos particulares.
Com Blog do Eliomar de Lima, em O Povo, em 29/05/2018, às 07horas